De acordo com a comunicação social o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos, vai aumentar em 50 euros por mês e passa a abranger todos os que recebem subsídios abaixo dos 488 euros.
Não digo que não existam pessoas nestas situações que estão a passar por momentos muito aflitivos e, por isso, necessitadas de ajuda. Só é de louvar. Contudo, cada caso é um caso.
É que muitos, senão a esmagadora maioria, recebem este auxílio por não terem direito a qualquer pensão de velhice. E não tem direito uma vez que, apesar de muitos poderem, jamais quiseram efectuar qualquer desconto para a Segurança Social. Actos médicos e outras benesses obtinham-nas através da associação com os maridos que efectivamente descontavam. Chegada a idade da reforma, ao marido era atribuída uma pensão de acordo com os respectivos descontos. À mulher era-lhe e ainda atribuído o aludido complemento solidário.
Para além deste auxílio se apresentar como uma enorme injustiça face àqueles que sempre descontaram, são regularmente contemplados que sucessivas benesses. São cerca de 170 000 os beneficiários, o que não é nada despiciendo em termos de apoio ao governo e, sobretudo, quando chegar a hora de votar.
Eu, por exemplo, recebi este mês o mesmo que em Dezembro p.p. e a inflação também me afecta. Até me apetece dizer: para quê estudar e principalmente ter feito descontos.