Cada vez gosto mais de me socorrer de provérbios, uma vez que os mesmos encerram uma sabedoria milenar e, por conseguinte, serem apanágio de uma ligação muito forte ao que quotidianamente observamos.
Por exemplo, António Costa e seus apoiantes não se cansam de dizer que a carga fiscal é extremamente elevada – não deixam de ter razão – e, por isso, é preciso baixar os impostos, tanto mais que isso faria com que os portugueses tivessem, no final do mês, mais dinheiro na carteira o que, consequentemente, faria com que gastassem mais, gerando, deste modo, uma nova dinâmica na nossa economia.
A ideia não é de todo estapafúrdia, bem pelo contrário, apesar de não ser original. Todavia aquilo que apregoa para o país não aplica no concelho que governa, uma vez que o orçamento da CM de Lisboa, hoje apresentado, pressupõe aumento de taxas num montante superior a 60 milhões de euros, o que fará que em 2015 os lisboetas ficarão com menos dinheiro no bolso.
Já gora, a lei determina que os orçamentos camarários tenham de ser divulgados até ao final de Outubro do ano anterior a que respeitam, pelo que, mais uma vez, se registou um incumprimento. Também aqui se pode aplicar o ditado “vêem melhor o argueiro nos olhos dos outros que trancas nos seus”.
Concluindo, podemos, desde já, antecipar o que nos acontecerá se António Costa eventualmente for o próximo primeiro-ministro. Por outro lado podemos também referir que este político é adepto daquele adágio “bem prega Frei Tomás …”