Os preços estão pela hora da morte, principalmente os dos bens alimentares. A inflação diminui, mas o custo destes produtos, ao contrário, aumenta e … muito.
Como de costume a culpa morre solteira. Os produtores afirmam perentoriamente que não estão a ganhar o que quer que seja. A vasta cadeia de distribuição jura, por todos os santinhos, que não está a ganhar e que, em alguns casos, está a perder dinheiro. Por último os vendedores, sobretudo as grandes cadeias de supermercados/hipermercados, apesar de já se terem verificado, in loco, margens de comercialização na ordem dos 50 %, garantem, a pés juntos, que não estão a lucrar com esta crise. Contudo, jamais se verificaram tão grandes lucros das respectivas empresas, como são exemplos a SONAE, o Pingo Doce, o Intermarché, etc., etc.
E o que faz o Governo? Assobia para o lado, aliá como na esmagadora das vezes. Não actua sobre o IVA, não elimina taxas e taxinhas e apenas envia, para inglês ver, a ASAE a fiscalizar as superfícies comerciais, cujo efeito senão é nulo, roça tal conceito. É que sendo, em Portugal, livre o estabelecimento dos preços, como poderá esta instituição fazer algo mesmo vendo um aumento do preço de um produto em 100 ou 200%? Por outro lado, com a amargura dos portugueses em se alimentarem minimamente, lucra e não é pouco, já que o IVA arrecadado é, como é lógicco, substancialmente maior.
Resumindo, o que todos já sabem: quem se lixa é o mexilhão. Aguenta portuguesinho!