Todos tentamos encontrar o nosso lugar. Bem, todos também não é bem assim, uma vez que alguns são como a folha do almo: viram-se conforme sopra o vento. No entanto, encontrar o seu verdadeiro lugar é, literalmente, como encontrar agulha em palheiro.
Ironicamente, apesar de todos os avanços científicos e tecnológicos, a tarefa para encontrar o melhor lugar – não confundir com cargos ou renumerações – está cada vez mais dificultada. Mesmo aqueles com QI elevados e currículos relevantes, a vida, neste âmbito, não está fácil, e, isto, porque se perscruta até aos mais ínfimos detalhes.
As competências são importantes e são elas, aliadas a um percurso rico em experiências, que lhe podem abrir a porta à possibilidade de se dar a conhecer naquele momento dito crucial. Mas bem sabemos que para se chegar a esta fase, é necessário um pouco mais – chamem-lhe sorte, apesar de se dizer que esta dá muito trabalho – do que um percurso profissional proeminente, boas competências ou uma orientação global da carreira para alcançar o seu lugar.
Tal desiderato só é possível de conseguir se causar uma primeira impressão impactante e depois continuar com a fasquia lá bem no alto. Segundo os especialistas, é aqui que “tropeçam” muitos de nós, apesar do elevado nível de experiência e maturidade profissional demonstrado. Mais: estes, na maior parte das vezes, tão cientes da sua eminente sapiência, não compreendem em que partes do processo falharam.
Então, porquê? A resposta está no negligenciar de determinados detalhes, por vezes não tão pequenos quanto se julga, a que os outros atribuem extrema importância. Ora, como resolver um problema se nem sabemos exactamente qual a sua origem? É verdade que ninguém dirá que é por causa do modo de vestir que não ocupamos o nosso lugar. Já quanto ao falar e agir, a cantiga é outra! Não há dúvida que as questões comportamentais tendem a tornar-se mais evidentes sempre que aspiramos a algo.
Repito: aspectos existem que ninguém nos dirá, como seja, por exemplo, o nosso modo de apresentação, i.e., se parecemos desleixados ou pouco cuidados. Agora, quanto ao contacto visual, à segurança e à confiança patenteada, bem como à linguagem mais ou menos (in)formal usada são casos muito sérios e a ponderar.