Senão todos os dias, na maior parte assim é: temos de obrigatoriamente fazer escolhas. As escolhas que pensamos ver nem sempre são as que realmente existem e, por vezes, existem outras que nos passam, como se costuma dizer, completamente ao lado. O nosso conhecimento, às vezes, diminui o tamanho do mundo, reduzindo-o ao que rodeia o nosso umbigo, encolhendo, deste modo, as hipóteses de ver mais longe.
O saber do passado pode ser um obstáculo do saber do futuro, porque nos prende e atrofia à convicção de que temos sempre razão e jamais erramos. Depois, quando batemos literalmente com o nariz na porta, surge a espiral de desmotivação, de frustração e, ainda pior, de depressão. Não admira, por isso, o fechar-se sobre si, aguardando por melhores dias.
De uma coisa podemos ter a certeza: do outro lado, para lá daquilo que não vemos ou não queremos ver, existem mais oportunidades. Um factor crítico, tanto mais que as pessoas só mudam se fizerem processos de mudança, um trabalho que vai além do conhecimento e que envolve o “eu”.
Contudo, tal exigência não deve ser vista como obstáculo. As pessoas são muito mais que um mero Curriculum Vitae, são a força viva que se transforma e supera desde que junte resiliência com a vontade de ser.
Acreditar na acção como um todo é confiar nas pessoas e revelar que, afinal, as opções não são apenas aquelas que mais queremos ver, mas, de entre outras, há também mais uma, a da mudança.