Já não existem guerras a assolar os países ocidentais e, por isso, não há tanques nem aviões a largar bombas nas principais cidades. Contudo, o ambiente continua a ser muito agressivo para os seres humanos. Basta observar a perigosidade da condução automóvel fundamentalmente nas horas de ponta. Andamos em stress constante, numa lufa-lufa desusada, acabando diariamente desiludidos, frustrados até, por corremos tanto e jamais alcançarmos o destino.
Seria errado dramatizar este constante estado, bem como o é se o relativizarmos. Carpideiras e avestruzes não aproveitam a ninguém. Contudo, parece evidente que o stress, a depressão e a ansiedade são pandemias em causas plantadas no nosso estilo de vida, da dieta do sono, do ambiente familiar ao mundo do trabalho.
Esta complexidade, porém, não pode servir de justificação a qualquer atitude mais passiva pela nossa parte, apesar de cada caso ser um caso, como se costuma dizer. Pelo contrário, podemos fazer muitas coisas, uma vez haver muitas outras áreas inerentes ao nosso esforço individual e/ou colectivo que podem ser modificadas.