Saímos sem destino certo. Não foi bem à aventura, mas quase. E quando assim é a paisagem pode ser tão vasta como o mar. Aliás, causa, de certo modo, a mesma impressão de infinito. Estávamos, afinal, num dos mais belos lugares de Portugal, quiçá mesmo do planeta. A planície ondulada começou por definir o território, impar, inigualável. E a paisagem nunca é igual, pois ganha novas e variadas cores em cada estação do ano. No Inverno domina o verde, na Primavera o solo cobre-se de mantos floridos, enquanto no Verão a sensação de secura e calor abrasador é-nos transmitida pelo dourado da erva seca e das colheitas e, por fim, no Outono, os campos são charruados e semeados. É o tempo do castanho e onde tudo recomeça!
A origem da sua gastronomia assenta na cozinha mediterrânica, onde o pão e o azeite são elementos essenciais. De tantos e tentos deliciosos pratos destaco a açorda, as migas, as sopas e os gaspachos, temperados com muitas ervas e cheiros da terra. Para condimentar e equilibrar o repasto tão nobre região oferece uma panóplia de vinhos, a maior parte deles de excelente qualidade.
Muito houve para ver. Nada como uma passeata por uma das mais belas regiões de Portugal, de preferência fora do estio, porque lazer rima mal com sofrimento, e o calor faz-se sentir com mais vigor nesta época. Para além do campo, muito mais há para descobrir nas suas cidades e vilas.
Agora para quem adivinhar de que região estive a falar oferecerei a viagem na próxima saída.