A vida não está nada fácil. Pelo menos para alguns. Já bastavam as observações/indicações da IGE, as quais têm deixado a maior parte das pessoas com a cabeça à roda, para agora, agravando a situação, os docentes se recusarem a apresentar lista ao Conselho Geral (CG).
É evidente, e não é necessário ser um expert no âmbito do ensino, que todos sabem onde está o cerne da questão. Por muito que ambas as partes – direcção escolar e câmara municipal - tentem desvalorizar e até esconder, o certo é que a municipalização, sobretudo o modo como a mesma foi operacionalizada, foi uma série de facadas dadas nas costas dos professores.
Manda a verdade dizer que tudo foi feito à revelia da posição largamente exposta pelos docentes e não docentes. Aliás, eu e outros ouvimos o vereador responsável pelo sector afirmar, na sala de professores, que o processo jamais avançaria se os docentes manifestassem vontade contrária. Viu-se!
Desde manifestações, passando pelas críticas formuladas pelas mais variadas formas, chegando às posições tomadas pelo CG, de nada valeu. O quero, posso e mando falou mais alto!
Como é lógico, após a desconsideração a que foi votado o anterior CG alguém com bom senso aceita fazer parte de um órgão “faz de conta”? A resposta foi dada e por duas vezes!
E não foi por acaso que a recondução da actual direcção escolar foi decidida antes do despoletar da municipalização. Compreendem-se as razões!
ADENDA: Já saiu a terceira convocatória para a aludida eleição. E é bem capaz de não ficar por aqui. Inqualificável!