Agora que o descongelamento da carreira docente irá (!!!) acontecer, começa a preocupação com a avaliação de desempenho (ADD), como aliás já referiram imensos comentadores.
A avaliação de desempenho constitui uma das medidas mais complexas na gestão dos recursos humanos. Raramente é amada, quer por avaliadores, quer por avaliados. Em função da sua subjectividade, as resistências redobram quando não são observados os mais elementares princípios de regulação do processo.
Uma avaliação de desempenho só tem valor, tanto no plano ético como legal, quando utiliza instrumentos que garantam a imparcialidade dos avaliadores e defendam os direitos dos avaliados. Para ser credível a avaliação do desempenho deve especificar claramente responsabilidades e competências previamente acordadas com o titular da função, permitindo uma justa qualificação e hierarquização na estrutura da escola. Por outro lado, deve definir objectivos e critérios de sucesso de modo a que aquela se consubstancie no desenvolvimento da carreira.
Ora, o que vemos e tememos é que estes pressupostos dificilmente são respeitados, pelo que a ADD tem demonstrado não ser um factor de promoção e um incentivo para a performance profissional e pessoal dos docentes.
Nesta ordem de ideias, por muito que tal desagrade a imensas pessoas, preconizo a revisão da ADD, o qual tem obrigatoriamente de incluir uma discussão séria e serena.