Com a taxa de desemprego nacional a crescer de forma desmesurada, tem-se vindo a registar, cada vez mais, uma maior procura por parte dos portugueses para criarem o seu autoemprego. E nem mesmo a falta de experiência na vida empresarial parece estar a limitar os potenciais empreendedores.
Levados pele necessidade e/ou ambição, o certo é que investem num modelo, algumas vezes já testado, noutras não, onde o grau de risco é sempre enorme. São maioritariamente quadros médios e superiores que se encontram, em larga maioria, em situação de desemprego e, cansados de indagar emprego por conta de outrem, decidem juntar o parco pecúlio e investir num negócio próprio, procurando, deste modo, ir avante com um projecto que lhes permita criar o seu posto de trabalho.
Os especialistas reconhecem que a adversidade económica tem reforçado o interesse por este modelo de negócios, em muito devido ao facto da inexistência de alternativas no mercado de trabalho. Na essência, o novo empresário, se assim lhe podemos chamar, o qual pouca ou nenhuma experiência do mundo negócios tem, possui a vantagem de se entregar, de alma e coração como se costuma dizer, a algo em que o seu dinheiro está em jogo e, sobretudo, que pode representar o seu futuro.
Sabendo que existe uma grande margem de erro, o risco, porém, pode ser minimizado se escolher um projecto não pela sua eventual rentabilidade imediata, mas pela adequação ao perfil de quem está a investir.