O meu ponto de vista

Novembro 06 2012

Com a taxa de desemprego nacional a crescer de forma desmesurada, tem-se vindo a registar, cada vez mais, uma maior procura por parte dos portugueses para criarem o seu autoemprego. E nem mesmo a falta de experiência na vida empresarial parece estar a limitar os potenciais empreendedores.

Levados pele necessidade e/ou ambição, o certo é que investem num modelo, algumas vezes já testado, noutras não, onde o grau de risco é sempre enorme. São maioritariamente quadros médios e superiores que se encontram, em larga maioria, em situação de desemprego e, cansados de indagar emprego por conta de outrem, decidem juntar o parco pecúlio e investir num negócio próprio, procurando, deste modo, ir avante com um projecto que lhes permita criar o seu posto de trabalho.

Os especialistas reconhecem que a adversidade económica tem reforçado o interesse por este modelo de negócios, em muito devido ao facto da inexistência de alternativas no mercado de trabalho. Na essência, o novo empresário, se assim lhe podemos chamar, o qual pouca ou nenhuma experiência do mundo negócios tem, possui a vantagem de se entregar, de alma e coração como se costuma dizer, a algo em que o seu dinheiro está em jogo e, sobretudo, que pode representar o seu futuro.

Sabendo que existe uma grande margem de erro, o risco, porém, pode ser minimizado se escolher um projecto não pela sua eventual rentabilidade imediata, mas pela adequação ao perfil de quem está a investir.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:43

Junho 02 2011

Sinto-me tão bem ou tão mal que, segundo as sondagens, faço parte dos nove em cada dez portugueses que estão dispostos a mudar de emprego. Mais, se fosse mais jovem aumentaria a percentagem – são já cerca de cinquenta por cento – dos que não colocam qualquer entrave a trocar de país ou continente para melhorar o seu nível de vida.

Bem, também não admira. Não faço parte – também não queria – da enorme legião de boys e girls seguidores do extraterrestre – ou será alienado? - que nos (des)governa nos últimos anos.

Segundo os especialistas, a emigração faz cada vez mais parte das opções dos portugueses e não pelas melhores razões. As ambições de uma carreira à escala internacional por mero gosto de evolução e experiência profissional foram superadas pela necessidade de ter um salário no final do mês. Com o desemprego a atingir números recorde – já vais nos 12,6 % - há cada vez mais pessoas a fazer as malas e colocar o seu talento ao serviço de outras economias. Aliás, nunca como hoje se pode afirmar, sem receio de ser desmentido, que “santos ao pé de casa não fazem milagres”.

Esta é uma realidade que não conhece fronteiras etárias: geração Y (entre os 18 e os 29 anos), geração X (dos 30 aos 49) e até os Baby Boomers (com mais de 50) têm em comum uma disponibilidade crescente para arriscar recomeçar noutro país.

Um estudo da Kelly Services, revela que, em Portugal, um número significativo de pessoas trabalha em condições não convencionais que incluem a realização de horas extra – onde é que eu já vi e ouvi falar disto? -, a necessidade de vários empregos e percorrer longas distâncias até ao trabalho.

Sabem os leitores que não tenciono mudar de país, como é evidente. Todavia, como a “boa vida” acabou, acho que devemos, por um lado, e, desde já, esquematizar as etapas e definir objectivos precisos, assim como, quando e em que contexto queremos que se realizem as mudanças. Por outro, focalizarmo-nos nas crenças e valores, na identidade e visão da família são causas fundamentais para a mudança desejada.

Pressentimos um impulso de mudança? Se sim, que senso de identidade se encontra por detrás de tal sentir? E será que as motivações interiores superarão os obstáculos que, sem dúvida, surgirão? Teremos valores suficientes que se sobreponham às barreiras e às dificuldades emergentes?

Por fim, conseguimos avaliar os ganhos no processo, encarado como um todo? Se sim e se a resposta for positiva avançar é a solução. Caso contrário, “escute, pare e … medite”!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:32

Dezembro 14 2010

Como é do conhecimento público são muitíssimas mais as vezes que estou em desacordo com Manuel Alegre (MA) do que ao contrário. Contudo, existem excepções. Por exemplo, apesar de saber, de antemão, que a culpa não foi de Cavaco Silva (CS), uma vez que, apesar de ilustre convidado, não teve qualquer interferência na escolha do local, concordo com o poeta e candidato a PR quando afirmou que a pobreza e a fome não se atenuam à porta do casino, embora também saiba que não é com demagogia e incoerência, onde MA é mais que pródigo, que se combatem.

Este episódio veio-me à memória quando sou convidado a participar num jantar de homenagem a um ex-funcionário, o qual por estar, neste momento, no desemprego necessita de ajuda.

E aqui chegados, há que, antes de mais, indagar: o aludido ex-colaborador apresenta um bom desempenho e é absolutamente necessário para a prossecução dos objectivos da instituição? Se sim, como é por todos reconhecido, não lhe promovam um jantar, mas pressionem quem de direito a proporcionar-lhe o merecido emprego. Tanto mais que, pelo menos na aparência, as relações entre os mais directos responsáveis são as melhores, como os actos eleitorais o provaram. Ou será que o encantamento já se desvaneceu?

Voltando ao cerne da questão, socorro-me de MA e também eu digo que não é deste modo que se dignifica alguém. Por exemplo, não seria mais curial e prestigiante promover um abaixo-assinado? Seria dos primeiros, senão mesmo o primeiro a subscrevê-lo.

Todavia, isto não invalida que haja pessoas que participarão de boa fé em tal evento. Conheço-as bem e, por isso, sei que não entram, por dá cá esta palha, em jogadas de bastidores. A estas compreendo-as. Às outras … Bem, se hipocrisia pagasse imposto não estávamos nesta crise.

Saliento, por fim, que, como é evidente, a solidariedade com aquele é incondicional, como ele, aliás, bem sabe. Não foi por acaso que, em tempos, fui eu que o seleccionei de entre muitos outros candidatos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:46

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
Janeiro 2025
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

12
13
14
15
16
17
18

20
21
22
23
24
25

26
28
29
30
31


arquivos

Janeiro 2025

Dezembro 2024

Novembro 2024

Outubro 2024

Setembro 2024

Agosto 2024

Julho 2024

Junho 2024

Maio 2024

Abril 2024

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Outubro 2005

Agosto 2005

Julho 2005

Junho 2005

Maio 2005

Abril 2005

Março 2005

Fevereiro 2005

Janeiro 2005

Dezembro 2004

pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO