Tempos houve, aliás não muito distantes, em se podia dizer “caramba, nunca mais chove” Estávamos cansados, numa primeira fase, de tanto calor; numa segunda, de tanto frio. Água é que nem vê-la. E como a sua ausência se estava a sentir. Recordo que em Dezembro e até em Janeiro p.p. se registaram incêndios, ainda que de pequena monta.
Bem sei que o homem, por natureza, é um animal insatisfeito. Todavia, com toda a sinceridade, acho que agora já basta. Alguém me consegue o endereço de S. Pedro para lhe pedir, de viva voz, que, por umas semanas, feche as torneiras?
Não sou dos pretendem ter sempre chuva no nabal e sol na eira. Contudo, neste momento em que os campos estão completamente encharcados, em que se corre o risco sério de perder as poucas culturas que, por entre os pingos da chuva, se conseguiram fazer, em que não se podem, nos tempos mais próximos, realizar as sementeiras que já deveriam ter sido feitas há meses, é altura apropriada - crendo sempre que a Divina Providência sabe sempre o que é melhor para nós – para aqueles que dependem sobretudo da agricultura poderem livremente exercerem o seu múnus.