O meu ponto de vista

Junho 10 2019

Dois dias de casamento. Não o meu, felizmente. Não digo que desta água jamais beberei, mas … lagarto, lagarto! Boa gastronomia e, sobretudo, excelente companhia. Falo essencialmente da minha neta para que não surjam mal entendidos.

No final do dia ontem, Portugal venceu a primeira edição da Liga das Nações. O que se pode pedir mais? Sim, pode. Mais trabalho e menos rambóia.

Por isso, hoje, feriado, Dia de Portugal, achei por bem ocupar o físico e tentar dar cabo do excesso de calorias absorvidas ontem e anteontem. Assim, para além de recolher favas para que sequem e, assim, tenha semente para o próximo ano, fresei uma terra com abóboras e um olival. Foi um dia duro, com muito pó, mas excelentemente produtivo. Isto interessa de algum modo a quem me lê? Duvido. Não é nenhuma forma de desculpa, mas de certo modo foi para fazer uso do teclado e ocupar alguns momentos neste final de dia.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:11

Dezembro 17 2018

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Costumo dizer, e já não é a primeira vez que aqui o registo, que existem três coisas que unem os portugueses. Estejam descansados que não é Fátima, futebol e fado. A ordem dos factores é, neste campo, arbitrária e algo desusado. O que actualmente nos une são três queixas: falta de dinheiro, excesso de trabalho, bem como ausência de tempo (para isto e/ou para aquilo).

Independentemente da condição social, não existe ninguém que não se queixe destes itens. E dai daquele que primeiramente se lamente, pois leva com os “gemidos” de todos à sua volta e, sobretudo, de toda a ordem. Uns com razão, outros, contudo, perfeitamente falaciosos, para não dizer de tendência completamente hipócrita.

Se uma pessoa trabalha para além do que está estritamente obrigado pela sua profissão é ganancioso, quando não dizem que é maluquinho disto ou daquilo. Se, pelo contrário, passa umas horas por dia no café, vai frequentemente ao restaurante ou passeia por aqui ou por acolá, não passa de um malandro ou apenas gosta de “boa-vai-ela.”

Argumentar que, apesar da idade – autonomamente ainda me considero um jovem pré-senioridade -, ter objectivos é perfeitamente viável e, sobretudo, saudável, para muitos é risível.

Tais considerações fazem-me sempre lembrar história do velho, do rapaz e do burro, a qual até aqui contava, não fosse o politicamente correcto do PAN …

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:06

Dezembro 01 2018

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Sou exigente, ou melhor, sou muito exigente. E apesar de nos últimos anos ter moderado este ímpeto, o certo é que ninguém me pode acusar de ser rigoroso com os outros sem o ser comigo mesmo. Dito por outras palavras: antes de impor aos outros dou o exemplo.

Sim, eu sei que a palavra é muito importante, mas mais ainda é o exemplo. Há quem fale muito e de forma extremamente eloquente, mas depois, na prática, professam como aquele ditado “bem prega Frei Tomás …”

A vida é dura e difícil? É verdade, independentemente da condição familiar, profissional e afectiva. Mais para uns que para outros, é verdade, mas, no geral e no cômputo do nosso modus vivendi, aquela premissa é totalmente verdadeira. Pensar que todos temos direito a sermos sempre felizes e, sobretudo, para sempre é pura falácia. Aliás, tal como a sorte, também a felicidade dá muito trabalho e carece de muitos sacrifícios.

Querer o melhor de amanhã já hoje não é honesto. Dar tudo sem mostrar o essencial, i.e., não denotar espírito de sacrifício, não ser exemplo de perseverança, não demonstrar que o amanhã será melhor que hoje, não revelar resiliência nas piores situações, não é NADA.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:02

Novembro 22 2018

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Costumo dizer, comummente, que a vida é dura e difícil, mas a vitória é certa. Aliás, se fosse fácil não tinha graça, como diz e muito bem o nosso adágio popular. Na verdade, não, não é fácil, mas as estratégias vão-se aprendendo. Imensas vezes recorro aos ombros dos amigos – e já agora das amigas também -, para me fazerem sentir menos mal e, sobretudo, para interiorizar que todos temos dias penosos, semanas tramadas e fases com vontade de fugir.

Todavia, cá se vai sobrevivendo. Percebo, sobretudo depois de ser avô, que existem períodos mais complexos e, por isso, tento reduzir ao mínimo as imprevisibilidades. Sinto-me culpado a maior parte dos dias pela falta de tempo e, nos piores dias, sei que a paciência acaba e os gritos vêm com facilidade, mas, lá está, se fosse fácil não tinha graça.

Bem sei que parte da culpa me pertence por inteiro. Penso que até a maioria. Como me dizem – cheios de razão, diga-se de passagem – se não tenho procuro constantemente lenha para me queimar. Apenas um exemplo: tinha alguma necessidade de, com esta idade, andar a comprar terrenos, não tão pequenos quanto isso, para plantar vinha?

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:45

Novembro 14 2018

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De tempos a tempos algo acontece que até parece que todo o mundo depende de nós ou, então, desaba sobre as nossas cabeças. Os afazeres são tantos, originando um ritmo tão avassalador que, à mais pequena faísca, há um desencadear de “incêndios” de proporções dantescas. A paciência esgota-se e os amigos e familiares largam-nos, e com razão, de mão. Culpa de quem? Não sabemos, mas temos raiva a quem sabe.

Não admira, por isso, que nos últimos dias tenha sido involuntariamente bombardeado por uma temática preocupante, i.e., os riscos psicossociais relacionados com o trabalho (intra e extra profissão). O caso não novo, os números é que teimam em crescer e as consequências a tornarem-se cada vez mais irreparáveis.

E quando a mente adoece o corpo é que o paga, com a nítida sensação de perda de produtividade, bem como do correspondente potencial de competitividade. Com o agravante de tal fenómeno surtir como o efeito de uma autêntica bola de neve.

É como se, na prática, todo o trabalho a modos que fosse transferido apenas por uma via sem vasos comunicantes, resultando, sem nos apercebermos, de um enorme stress e um desgaste cumulativo antes, durante e depois de longos dias de trabalho. Assim, não nos admira que Portugal tenha uma das mais elevadas taxas de absentismo por doença e stress laboral, sendo responsável por mais de um terço de todos os novos casos de problemas de saúde.

publicado por Hernani de J. Pereira às 16:10

Junho 11 2018

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Numa sociedade cada vez mais exigente, mas infelizmente com cidadãos menos responsáveis, a consciencialização para a problemática do estar, independentemente do ser, da preservação ambiental e das condições do emprego – p.f. não confundir com trabalho -, tornou-se premente. Assim, impõe-se uma tomada de decisão, no sentido de encontrar soluções adequadas e cujos resultados sejam visíveis.

A gestão dos recursos naturais está na ordem do dia, dado que a sua escassez se acentua e compete às gerações actuais deixar às vindouras os meios suficientes para uma vida de nível, senão melhor, pelo menos tão elevado quanto o presente.

O modo de ser é um desafio que se constrói dia-a-dia, é um estímulo para o desenvolvimento do conhecimento, é um factor de competitividade para todos. Estes são aspectos fundamentais para a melhoria do bem-estar dos cidadãos, suportando a definição de uma nova política, nesta fase de transição para uma economia e uma sociedade baseada no conhecimento.

A melhoria da vida dos cidadãos, que se traduz em melhores serviços de saúde, melhor educação, melhor ambiente, melhor justiça, melhores transportes é, nos nossos dias, um factor de importância vital para o desenvolvimento do nosso país.

É evidente que quando falamos em melhoria, estamos, como é lógico, a servirmo-nos de padrões comparativos, ou seja, confrontando-nos com a realidade das sociedades mais desenvolvidas, onde os serviços, a segurança e a protecção ambiental, sempre aliados a uma constante evolução tecnológica constituem factores que o Homem procura incessantemente melhorar. Aliás, é esta procura permanente que possibilita um progressivo desenvolvimento de um país.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:26

Março 28 2018

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Têm sido dias de muito labor. Labuta que bem estava a necessitar, tanto física como psiquicamente. Enormemente fatigado, mas simultaneamente com uma satisfação interior do tamanho do mundo. Hoje, para variar, tive a contribuição de um jovem. E em boa hora o convidei.

Ajudar os jovens a despertar para a necessidade de tomarem decisões quanto ao seu futuro académico ou laboral foi uma preocupação constante ao longo dos últimos quarenta anos. Umas vezes pensamos que os jovens de hoje são melhores que os de outros tempos, i.e., que são mais rápidos e mais eficazes. Outras, porém, cogitamos o contrário.

Então, o que envolve as aludidas gerações? O tempo, é a resposta. Não falo só do tempo enquanto metáfora cronológica, falo do tempo relacionado com factores culturais vigentes num dado momento histórico, falo do tempo enquanto tecnologia disponível e velocidade de comunicação.

Não podemos mudar as experiências de vida das pessoas, mas podemos trabalhar para que as atitudes no ambiente de trabalho e as expectativas delas sejam as melhores possíveis.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:03

Março 23 2018

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A questão da precaridade no emprego não é de agora. Há muito que é falada. Hoje, porém, começa a tomar outros contornos, apesar da controvérsia gerada. Há cerca de há dois anos a afirmação de que é preferível ser trabalhador temporário a estar desempregado incendiou o debate político da altura.

É uma verdade irrefutável que um posto de trabalho para a vida inteira é um conceito longínquo, do tempo em que a estabilidade dominava o mercado de trabalho.

Nos últimos quarenta anos, o conceito do trabalho foi-se alterando à medida em que a garantia de emprego, um vínculo estrutural nas relações laborais, desaparecia na voracidade da redução de custos. Mau grado as consequências, económicas e sociais, da precaridade laboral é forçoso constatar que, nos dias que correm, o reinado do trabalho sobre o emprego se tornou um denominador comum. Digo tudo isto diariamente aos meus alunos, amanhã técnicos.

A transformação das sociedades onde o trabalho se tornou um recurso volátil e escasso, substitui a confiança pelo permanente confronto dos interesses antagónicos que regem, nas economias desenvolvidas, a sustentabilidade das relações laborais. A lógica do trabalho temporário depende da existência de um Estado regulador a quem compete gerir o delicado equilíbrio de interesses – repito, económicos e sociais – num dos sectores que, diariamente, mais postos de trabalho cria em todo o mundo.

Por fim, será de bom tom afirmar-se que competirá à ACT zelar escrupulosamente para que as organizações proporcionem aos colaboradores, independentemente do tipo de vínculo laboral, a igualdade possível das condições salariais, direitos, regalias e oportunidades de carreira

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:22

Fevereiro 28 2018

Sabe, pelo menos a maioria que comigo mais de perto priva, o quanto gosto da agricultura. Tal como já escrevi, este sujar para nele me lavar, dá-me um prazer inaudito. Importará, assim, neste domínio da minha vida privada, que as expectativas geradas ao longo dos anos não venham a ser postas em causa pela ausência de uma atitude integradora que maximize as potencialidades que lhes estão inerentes.

Esta visão de macroleitura sobre uma realidade que não passa de microagricultura, associada a uma consequente implantação no terreno de medidas que estimulem a minha adesão, constituirá, estou certo, o garante indispensável a uma reprodução sustentada dos pesados investimentos que são e continuarão a ser canalizados para as novas realizações que pretendo concretizar.

Todavia, o que se observa, sobretudo por quem diariamente suja as botas e as mãos, é que, na maior parte das vezes, os apoios são canalizados para os que já muito têm e pouco necessitam, fazendo-me lembrar a canção que diz “os bancos só emprestam a quem não precisa”.

Se for ao contrário do que tem sido prática até aqui, então, ultrapassada esta etapa, o futuro da minha nova agricultura ganhará um novo instrumento favorecedor de desenvolvimento que, a ser aproveitado em articulação com outros investimentos em curso e a implementar no futuro próximo, possibilitará trilhar os caminhos do progresso e adoptar processos de convergência.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:44

Maio 19 2017

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O mundo fica para trás. A vida de todos os dias é colocada em suspenso. As coisas que parecem urgentes perdem, subitamente, toda a importância … E, então, pensamos que desvendamos o tempo. O tempo e o espaço para relaxar é para (re)descobrir aquilo que pensamos que é realmente importante: nós próprios, os nossos prazeres, emoções, sonhos, enfim, o hedonismo na sua forma exponencial mais elevada.

Tempo e espaço para sentir, celebrar e (re)começar de novo. Sempre. Para a eternidade. Para isso é que existe o dinheiro. E se este for extremamente fácil é ouro sobre azul. Um mistério que se desprende de tudo e que almejamos que nos seja revelado.

Vieram-me à memória estas palavras a propósito de uma notícia relatando que Dave e Angela Dawes, 53 e 49 anos, respetivamente, de Wisbech, Cambridgeshire, ganharam o Euromilhões em 2011 num valor que chegou aos 117,5 milhões de euros. Terão pensado que nunca mais precisavam de se preocupar com dinheiro e o mesmo pensou o filho, Michael Dawes, e a companheira, que largaram os empregos e, ao longo de dois anos, gastaram 1,8 milhões de euros que o pai lhe foi dando.

Quando Dave Dawes recusou ao filho mais dinheiro, este decidiu ir para tribunal. Só que o juiz não se deixou convencer pelos seus argumentos e chamou-o de "filho profano".

Verdade seja dita que existem muitos «Michael» por este mundo fora. Não à espera de milhões, já que são poucos os progenitores que os têm, mas sempre à cata de algum, apesar de pouco ou nada quererem saber destes.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:44

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