O meu ponto de vista

Novembro 26 2014

Tinha prometido, a mim mesmo, não escrever sobre a detenção de José Sócrates até a poeira assentar, uma vez que, apesar do tempo chuvoso, é intensa. Aliás, isso mesmo está implicitamente descrito nos textos que tenho publicado, explicando o porquê de tal atitude.

Todavia, contra a minha vontade, quebro a promessa por não poder conter o meu direito à indignação. Esta revolta adveio das palavras hoje proferidas por Mário Soares, à saída do Estabelecimento Prisional de Évora, após a visita que lhe foi autorizada a título excepcional – novamente usufruiu de regalia que mais ninguém dispõe – ao ex-primeiro-ministro e ex-secretário-geral do PS.

Que vá visitar um amigo à prisão só lhe fica bem, tal como seria muito bom que todos fizéssemos o mesmo em iguais circunstâncias, já que a amizade se deve revelar principalmente nos maus momentos.

O que está mal são as suas declarações, sobretudo quando diz que “que José Sócrates está a ser vítima de uma campanha que é uma infâmia", argumentando tratar-se de "um caso político e que têm feito uma campanha contra ele que é uma infâmia. É não só a comunicação social que a faz, mas são também os tipos que estão por trás dela", acusou. Segundo Soares, "toda a gente acredita na inocência de José Sócrates neste país" (!!!) e que "todo o PS está contra esta bandalheira", apesar de este caso não ter "nada a ver com os socialistas". Em sua opinião, "tem a ver com os malandros que estão a combater um homem que foi um primeiro-ministro exemplar" (!!!). Para o antigo mais alto magistrado da Nação, José Sócrates foi tratado como se fosse "um malandro" e "nem sequer foi ao tribunal”.

Que o antigo chefe de Estado está senil todos o sabem. Agora, a condição de xexé, de modo algum, lhe dá direito de insultar todo o sistema judicial, desde a magistratura à procuradoria, e, sobretudo, de atirar areia para os nossos olhos, fazendo de todos nós autênticos totós. Que muitos e muitos ex e actuais políticos se achavam acima da lei, intocáveis até, também não deixa de ser verdade e, por isso, quando vemos, não o fim do regime, como as aves agoirentas do costume se apressaram a pressagiar, mas sim o início do efectivo Estado de direito, ai “aqui d’El Rei” que tal é uma obscenidade.

Eles que enchem a boca de democracia, democracia e mais democracia, quando um dos seus é “apanhado”, esquecem-se rapidamente que, num Estado de direito, a separação de poderes, i.e., a independência entre o poder executivo e judicial, é um dos pilares desse mesmo regime democrático que tanto apregoam.

Termino, recomendando a Mário Soares que volte para as Galápagos e monte novamente numa tartaruga, como em tempos o fez, nessa ilustre viagem que trouxe enormíssimos benefícios para o nosso país! Mas vá e não volte!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:21

Novembro 23 2014

Todos sabem que, com todas as armas ao meu alcance, mas sempre de modo urbano, combati, politicamente, como é óbvio, a governação de José Sócrates e sempre tive as maiores dúvidas sobre a sua honestidade, ao seu modo de ser e estar e, sobretudo, relativamente à sua ética republicana que, aliás, tanto gostava de apregoar. Basta lembrarmo-nos dos casos FreePort, Cova da Beira, Face Oculta, entre outros, para as nossas perplexidades se terem mantido durante tantos anos

Todavia, uma coisa é a peleja política, outra bem diferente, completamente inusitada e indigna de um país civilizado, é a histeria que se instalou neste país, e principalmente na comunicação social, desde a noite de sexta-feira p.p., data em que se registou a prisão do ex-primeiro-ministro.

É evidente José Sócrates não é e nunca será um cidadão – no sentido mais comum - como outro qualquer. As responsabilidades que teve e que ainda almejava vir a ter – chamo a atenção para o modo como escrevi o tempo do verbo -, não lhe permitem ser um simples cidadão. Todavia, à face da lei tem que ser tratado como tal e, nessa ordem de ideias, há que deixar a justiça actuar, solicitando apenas que seja célere e responsável. Nunca gostei de notícias de “faca e alguidar” e muito menos me agrada ver “bater em carne seca”.

Será que não existem assuntos que interessam muito mais ao país?

Por último, por muito que possa ser injusto, (re)afirmo que o que me custa é, mais uma vez, verificar que, após o 25 de Abril, bastam os dedos de uma mão para citar os governantes que honestamente exerceram o seu múnus. E aqui estão incluídos presidentes da república, primeiros-ministros, ministros, secretários de estado, autarcas e outros, independentemente da sua cor política. Depois admiram-se de haver muita gente a suspirar pelo regresso do homem de Santa Comba!

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:00

Março 27 2013

Foi, em grande medida, igual a si mesmo, exceptuando a raiva feroz e latente que demonstrou quase sempre. Raramente o vimos sorrir, apresentando o semblante constantemente carregado, magoado e ávido de efectuar ajustes de contas com tudo e com todos.

Não teve quaisquer responsabilidades ou se as teve não foi capaz de dizer quais, sendo que a crise política deve-se, sobretudo, ao PR e à oposição. Só faltou dizer que foi um político completamente eficaz.

Demonstrou um ódio extraordinário ao PR, sobre o qual acha que informar todos os portugueses sobre o PEC IV, sem dizer primeiramente ao primeiro magistrado da Nação, é o correcto. O dever institucional de informar previamente o PR e o principal partido da oposição não passa de fait divers. Informou os portugueses e basta. A desfaçatez tem limites, adiciono eu.

Uma única vez admitiu que esteve enganado: quando todos – PR, PSD, banqueiros, seu ministro das finanças, entre outros - achavam que o país necessitava de um resgaste e só ele pensava o contrário.

Por outro lado, quando os jornalistas não concordaram com JS estavam a fazer a defesa do governo. Onde é que já ouvi isto? Antes de Junho de 2011 era habitual.

É a favor de que a austeridade termine rapidamente e, simultaneamente, deve haver crescimento. Quando lhe perguntaram onde iria buscar dinheiro para isso não conseguiu responder. Pudera, uma vez que tal é impossível. Já agora, admirei o facto de nunca se ter referido à Srª Merkel. Ou melhor, de admiração até não tem nada!

Mais de uma vez aludiu ao gravíssimo ano de 2009. Esqueceu-se, porém, de mencionar que, por sua iniciativa, subiu as pensões e os salários da função pública em cerca de 3%, com o fim de ganhar as eleições. Bem, depois lembrou-se de tal porque os jornalistas assim o questionaram. No entanto, acrescentou que “é fácil falar agora”, argumentando que os outros países também procederam de igual modo. Quando questionado que com tal medida o défice subiu para o dobro, isto é, para 10%, tendo em linha de conta a comparação com os outros países, bloqueou.

Mas lá foi admitindo dois erros: que houve um despesismo excessivo em 2009 e que nunca deveria ter formado um governo minoritário.

Por último, recusou a discussão do caso BPN, afirmando que não é este o melhor momento. Pergunto, eu, uma vez que me acha com cara de parvo: mas, então, quando é?

publicado por Hernani de J. Pereira às 23:08

Março 25 2013

São por demasiadas conhecidas as minhas profundas divergências com o pensamento e, sobretudo, com a prática seguida pelos governos de José Sócrates. Escrevi e voltarei a fazê-lo, tantas vezes quantas as necessárias, “apesar de não ter sido o único, foi um dos maiores coveiros de Portugal”. Muitíssimas das provações que actualmente passamos devem-se ao seu desvario.

Todavia, uma coisa foi a sua praxis, outra, bem diferente, é a sua liberdade. Nesta ordem de ideias, por muito que custe aos meus amigos, alguns insuspeitos de ligação ao meus ideais políticos, não posso, de modo algum, concordar com a limitação da daquela. E isto aplica-se a fulano A ou sicrano B, pois a não ser assim, a maioria dos comentadores estaria banido dos nossos meios de comunicação social, essencialmente, da televisão.

Mais: estando, em termos de share, a RTP em baixa e sendo os custos desta emissão gratuitos ou quase, bem como tendo em perspectiva, como, aliás, lhe é devido e pedido insistentemente, o aumente as audiências, mais não faz que a sua obrigação. Proceder de outro modo é que seria de estranhar.

Agora, a verdade é que não sei quem lançou, nas redes sociais, a questão de impedir ou reforçar a ida do ex-primeiro-ministro à RTP. Contudo, de forma voluntária ou não, o certo é que esta estação de televisão deve estar a esfregar as mãos de contente, pois as audiências, nesse dia, aumentarão e de que forma. Será exponencial e tudo graças à publicidade dada por aqueles que o não queriam.

Com esta posição não quero dizer que concorde com o regresso de José Sócrates à ribalta política. Bem pelo contrário. Pois, por um lado, acho que os portugueses não têm uma memória assim tão curta, por outro, por ter plena consciência de que o período de “nojo” que aquele se deveria resguardar está muito longe do seu fim. Resumindo: que tem todo o direito, tem; que eticamente, ou melhor, moralmente é condenável, é a mais pura das verdades.

publicado por Hernani de J. Pereira às 17:23

Maio 22 2011

Nos tempos que correm, alguma coisa nos poderá causar admiração? Nada ou muito pouco. E, como costumo dizer, após ter visto um porco andar de bicicleta já nada acho estranho.

Por isso, porque me hei-de admirar de, ultimamente, Lisboa ficar diariamente sem imigrantes – leia-se paquistaneses, chineses, indianos, africanos, entre outros -, os quais mal compreendem uma palavra de português e, pior, não podem votar, por serem arregimentados para encherem os comícios do PS por este país fora?

A maior parte destes que, para além dos parcos conhecimentos dos seus países de origem, também mal conhecem Lisboa, nos últimos dias têm visitado, a troco de transporte e comida, o país de norte a sul. Foi vê-los em Braga, Coimbra, Beja e em Évora. Amanhã estarão noutra cidade, a abrilhantar a comitiva e a gritar por José Sócrates, pois o PS consciente do apoio dos portugueses não dispensa estes nossos concidadãos.

Força PS. Assim se vê a força de José Sócrates.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:30

Maio 02 2011

Pouco a pouco vamos sabendo algo mais sobre a já tão famigerada crise que tanto nos faz sofrer e que, infelizmente, ainda nos vai forçar a mais sacrifícios. Por muito que os socialistas queiram “tapar o sol com a peneira”, por muito que dominem os media e a máquina estatal, a verdade, tal como o azeite, há-de vir ao de cima.

Por exemplo, na semana em que José Sócrates, depois de tantos adiamentos, os quais vamos pagar dolorosamente, decidiu avançar para o pedido de ajuda internacional, praticamente não havia dinheiro nos cofres do Estado. Ou melhor, havia cerca de 300 milhões de euros que não dava sequer para pagar os juros da dívida que se venciam de imediato, quanto mais para pagar os vencimentos e pensões.

E, de acordo com Eduardo Catroga, coordenador da equipa do PSD perante a troika, “é possível pôr ordem nas contas públicas sem despedir funcionários ou cortar salários, bastando, para isso, cortar no Estado a enorme gordura que o satura, não sendo, de modo algum necessário penalizar sempre os mesmos”. Chamo a atenção de que isto não é dito por alguém sem credibilidade, pois, segundo fontes da Comissão Europeia, a delegação partidária chefiada por aquele economista e ex-ministro das Finanças, foi a “mais bem preparada”.

Por outro lado, é também do conhecimento público que o programa socialista, apresentado esta semana, propõe agora “Defender Portugal”, quando há dois anos, aquando das últimas legislativas, era “Avançar Portugal”. Sintomático!

Também, um estudo do Instituto Superior de Economia e Gestão, revela que, entre 1985 e 2008, a desigualdade social se agravou e que, actualmente, a pobreza atinge uma em cada cinco crianças portuguesas. Recorda-se que os socialistas dirigiram os destinos deste país em treze dos últimos quinze anos. Mas, parafraseando o nosso primeiro, a culpa é de todos – da oposição, da conjuntura internacional, do fado, do futebol e quem sabe, até, de Fátima - menos dos socialistas.

Já agora, também hoje foi dado à estampa que José Sócrates, o grande defensor da escola pública – a modernização das escolas secundárias, através da Parque Escolar, já vai quase nos 2 000 milhões de euros –, afinal tem os filhos em colégios particulares de elite: Colégio Alemão e Colégio Moderno. Característico!

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:43

Dezembro 10 2010

Bem pode José Sócrates clamar, chegando, inclusive, à exaltação, que o governou decretou, proferir e até bater com o pé no chão, fazendo mesmo birra, que ele próprio pensa de determinada forma que, no fundo, no fundo, poucos são aqueles que acreditam nele e muito menos os que o seguem. Veja-se, por exemplo, que até alguns dos seus mais fiéis compagnons de route, como são Carlos César (presidente do Governo Regional dos Açores) e Zeinal Bava (presidente da PT), não lhe ligam nada.

Contudo, será que nos podemos admirar? Não foi sempre assim? Recorde-se que são raros os que escutam e obedecem a um moribundo - político, entenda-se.

Já agora e a talhe de foice, Carlos César salientou que, no caso da remuneração compensatória para os trabalhadores da administração pública regional que ganham entre 1500 e 2000 euros mensais, o que o executivo açoriano decidiu foi “cancelar uma obra num campo de futebol e apoiar um conjunto de trabalhadores e famílias”. Por mim, tudo bem. Apenas exijo que José Sócrates tome medida semelhante, isto é, cancele obras em campos de futebol, estradas, TGV, aeroportos, hospitais, rotundas, escolas, ou em quaisquer outras, de modo a que também usufrua de um estipêndio suplementar.

E, para que conste, Manuel Alegre concordou com a tomada de posição de Carlos César. Será que são necessários comentários?

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:05

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