O meu ponto de vista

Janeiro 27 2025

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Já fui mais, mas ainda primo pelo optimismo. Assim, os sonhos ainda continuam a fazer parte do meu dia-a-dia. Ser empresário foi sempre um ideal, o qual, há cerca de vinte anos, não se concretizou porque nessa altura alguém em vez de elevar calcou. E, infelizmente dei ouvidos.

Lembrei-me deste episódio ao ler a biografia de Akio Morita, fundador da Sony. Depois da II Grande Guerra, ele o sócio não tinham trabalho, ambos engenheiros, apenas possuíam um velho armazém onde chovia. Contudo, Morita conta que sempre soube que para ter sucesso teria de se abrir ao mundo. Assim, foi à Alemanha e conseguiu um contrato com a BASF.

Voltou ao Japão muito entusiasmado e disse ao sócio “(…) temos um contrato para produzir fita magnética”. O sócio boquiaberto perguntou: “mas o que é isso?”, ao que o Akio respondeu “vamos ter de a inventar …”. Tinham uma vaga ideia do que iriam fazer, mas nunca tinham feito algo nesse sentido. Porém, tiveram a ousadia de inventar um produto que viria a dar origem a uma enorme empresa que se fez marca, uma grande marca: a Sony.

Também eu gostaria de possuir uma marca, uma nova forma de estar, de criar em vez de apenas servir, um modo de procurar o novo produto, a nova solução, o novo mercado, algo onde pudesse chegar mais longe, enfim que perdurasse no tempo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:54

Janeiro 19 2025

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Ontem foi dia de (re)encontro. Os anos passam e, na maior parte das vezes, nem damos por eles. Ou, utilizando uma expressão hoje em dia muito em voga, a nossa percepção da passagem do tempo é pouca, quase nula. A verdade, porém, manda dizer que já passaram cinco anos. Estiveram presentes o Luís Ribeiro, o Rodrigo, o Luís Santos, o Rafa, o Gonçalo, o Joãozito, a Ana, o Daniel e o Rui.

Sim, trata-se da turma do 12º I do ano lectivo 2019/2020 do A.E. de Anadia. Se não foi a melhor turma à qual tive o grato gosto de ensinar o pouco que sei, foi, sem margem para dúvidas, uma das melhores. Então, a nível do décimo segundo ano foi, de longe, a melhor. E tudo devido a uma aluna, a Ana. E ainda dizem que as mulheres não fazem a diferença!

Depois das entradas, a canja de galinha caseira bem quentinha reconfortou os estômagos num dia que, apesar de soalheiro, se apresentou frio. Seguiu-se bacalhau à Brás – repito, bacalhau -, ao que se sucedeu carne de porco à alentejana. A sobremesa ficou ao encargo dos alunos, os quais trouxeram diversos bolos. Quanto às bebidas, no meu modesto entendimento, é que não se registou qualquer brilhantismo, uma vez que somente eu bebi vinho. Eles, foi mais cerveja e um ou outro sumos e/ou água. Houve uma excepção, i.e., na altura dos doces uma garrafa de espumante bruto foi consumida. A finalizar uma ressalva que tem a ver com a qualidade dos pratos: não estavam nada maus uma vez que, apesar das quantidades, tudo comeram. Ainda bem.

Ah, já me esquecia. Colectaram-se e ofereceram-me uma lembrança. Mais uma simpatia que muito me sensibilizou.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:42

Janeiro 02 2025

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O novo ano chegou igual ao que partiu. Pouca ou nenhuma diferença se notou. Falo da política, do desporto, da economia e até mesmo da meteorologia.

Como bem sabemos, um ano é feito de ciclos e por isso este é o momento adequado para efectuar balanços. Cada um, com toda a certeza, já fez o seu, bem como teceu perspectivas para 2025. Nesta altura em que, de certo modo, o país pára, enchendo-se de gente que sobretudo se quer divertir, tornando mais lenta a passagem do tempo, somente as notícias da guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza toldam estes nossos dias soalheiros e seguros.

Numa altura de tantas incertezas futuras – Trump, guerra comercial China – USA, continuação das guerras já mencionadas, entre tantas outras – é importante valorizar o conforto da normalidade. Para o final do mês iremos preocuparmo-nos. Todavia, até lá …

Não quero terminar este pequeno texto sem efectuar um sincero o apelo à paz e principalmente à partilha. Aliás, se cumpríssemos esta última a primeira premissa estava garantida.

Assim, com um toque cosmopolita, a lembrar os dias tranquilos passados entre amigos e familiares, desejo a todos um BOM ANO.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:35

Dezembro 20 2024

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Como se costuma dizer o Natal é tempo de paz e amor. Expressão que todos dizem e que, na maior parte das vezes, sobretudo na boca de muitos, não quer dizer nada. Porém, se enquadrarmos a expressão em termos de obras de misericórdia, outro galo cantará. E se a contextualizarmos dentro das problemáticas sociais actuais, se explorarmos o seu alcance e se a incorporarmos nas competências pessoais, sociais e profissionais então será a cereja em cima do bolo (rei).

É que ao “trabalharmos” com os mais vulneráveis e necessitados tendo como referência apenas o essencial, então a nossa acção acabará por se enquadrar tão só nos princípios durkheimianos da divisão social do trabalho e na burocratização administrativa de Weber, funcionando apenas como um técnico de activação de prestações sociais. Ora isso também qualquer desenvolvimento tecnológico pode executar, porventura até com maior eficiência e eficácia, e sem erros.

Contudo, onde estará a diferença que apenas o amor proporciona?

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:43

Novembro 27 2024

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Estamos no Natal. Época para que o Estado, a sociedade civil, empresas e organizações activistas da dignidade humana devam procurar inspirar-se sempre no espírito essencial no qual assenta a acção humanistas com aqueles que mais sofrem e, concomitantemente, munir-se com as teorias, instrumentos, métodos e técnicas que a ciência, enquanto talento supremo do género humano, coloca ao nosso dispor, para procurarmos as respostas mais adequadas para os problemas do nosso tempo.

O essencial, quando nos referimos à intervenção em acção social, encontramo-las nas catorze obras da misericórdia. Está lá tudo. Na redescoberta constante das obras de misericórdia espirituais – dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, dizer com respeito os vivos e os defuntos -, e corporais – dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, visitar os enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos -  nunca deixaremos de ter consciências dos princípios e valores centrais que devem conduzir a acção com aqueles que vivem nas “periferias existenciais”.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:52

Novembro 04 2024

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Usássemos linguagem científica poderíamos dizer que é absolutamente necessário voltar ao essencial, - “back to basics” - empregando a conhecida expressão inglesa, da atitude que nos deve conduzir na relação com os mais vulneráveis e desprotegidos.

Neste sentido, foi de enorme relevância o facto de o Papa Francisco sentir a necessidade de colocar na agenda o regresso ao essencial, quando proclamou 2016 – quem se recorda? - como ano jubilar da Misericórdia. No fundo, foi uma forma de nos chamar a atenção para não perdermos de vista o essencial.

Ou seja, a capacidade de sairmos de nós para estarmos com o outro: compreendermos as suas fragilidades que, na maior parte das vezes, também são as nossas; de sermos pacientes com as suas fraquezas, que revelam as nossas forças; de sermos generosos na partilha, pois será essa a nossa riqueza.

Na incerteza e complexidade dos dias que correm, somos todos convocados a empenharmo-nos constantemente na procura de um mundo mais justo, digno e solidário.

(Continua)

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:41

Outubro 24 2024

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Clicar no endereço seguinte

 

https://www.youtube.com/watch?v=EdhM_HiwA44

 

 

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:21

Outubro 17 2024

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Ando cheio de dores. O ano passado, por esta altura, foi o mesmo. Tanto mais que não tive outra alternativa senão submeter-me a operação ao ombro direito. Recordam-se? Passei todo o Outono e Inverno a recuperar de uma queda.

Bem, ou melhor mal, este ano, em meados de Agosto, nova queda e lá vai o ombro, desta vez o esquerdo, para o “caneco”. Como costumo dizer, não acredito em bruxas, mas que as há, há.

Agora, no dizer do ortopedista e da fisiatra, não houve rotura nem esmagamento de qualquer articulação. Afirmam ser uma tendinite grave, a qual, em princípio, se resolverá com fisioterapia, uma vez que as infiltrações musculares não são para o meu corpo. Já experimentei e dei-me muito mal. Arriscar de novo está fora de causa.

O grande problema é quando em meados de Agosto necessitamos de um ortopedista. Mesmo recorrendo a hospital privado, é um mês para obter uma consulta. Depois outro para a fisiatria e ao final de três meses iniciamos a fisioterapia.

Vão-me desculpar, mas a velhice é uma merdӕ

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:11

Setembro 29 2024

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Com a queima do bagaço e consequente obtenção da respectiva aguardente, concluí, ontem, a vindima do presente ano. Foram muitos dias, uns mais difíceis que outros, como é óbvio, mas que no computo geral foram prazerosos. Quando se faz uma vindima à “volta”, os dias são muitos, pois quando nos ajudam, como é lógico, também nos obriga a  auxiliar os outros. De modo algum se pode ter uma logística destas fazendo tudo sozinho. É vindima, propriamente dita, é o transporte, é o desengaço, é a fermentação em lagar, é a trasfega e é a prensagem do "pé".

O vinho branco( 50% de Maria Gomes e 50% de Bical) deu algumas dores de cabeça, uma vez que, por excesso de teor alcoólico, a fermentação em cuba foi difícil de arrancar. A adição de água tratada e de enzimas resolveram o assunto. A questão foi chegar à solução. Só à terceira tentativa acertei.

O tinto, uma mescla de castas Merlot (35%) e Baga (65%), correu maravilhosamente e os 600 litros encontram-se, neste momento, em cubas de aço inoxidável a fazer a competente fermentação melolática. Em janeiro próximo, aquando da passagem a limpo, pelo menos 200 litros irão para tonéis de carvalho a fim de lhes proporcionar um estágio de pelo menos dois anos. Em consequência, no próximo ano iremos consumir/vender, como vinho comum, o restante. Quanto ao especial, depois de devidamente engarrafado e rotulado, somente em 2026 ou posteriormente. Tudo dependerá das constantes análises.

Sim, bem sei que são poucas quantidades. Todavia, é o início de uma mini-adega. O caminho faz-se caminhando, passo a passo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:59

Setembro 09 2024

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Aí estão e em força. Falo das vindimas. Esta semana ainda só as uvas brancas. Nas duas seguintes cá estaremos para as tintas. É todo um frenesim com vista a cumprir a agenda. E não pensem que é fácil e esqueçam p.f. a questão do romantismo vulgarmente associado a tal labuta. Nada tem de folclore. Há muito suor, sangue e lágrimas em cada copo que mais tarde levamos à boca.

A logística inclui a preparação dos baldes, a recomposição dos atrelados dos tractores, o corte da uva, o transporte destas, o qual, por vezes, obriga a levar aos ombros os potes com 25 kg a distâncias que chegam a ser superiores a 100 m. Depois há a entrega nas caves - aqui já sem intervenção dos viticultores – ou nas adegas de cada um. Caso seja este o caso, o trabalho continua por muitos e longos dias. O vinho fermenta durante 24 horas e como tal há que estar preparado para lhe valer a qualquer momento.

Entretanto, irei dando notícias do grau e do estado das uvas.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:42

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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