Saudade. Nosso modo de ser e estar. Nosso fado.
Até aqui nada de novo. Contudo, o caso muda de figura quando se começam a ter saudades de algo inusitado, como é exemplo o caso de Salazar.
Os especialistas tentam explicar o porquê desse indício, sintoma de algum mal-estar democrático. Esquecem-se, porém, de dizer que existe alguma culpa, aliás não tão pouca quanto isso, no modo de actuação dos actuais políticos. O compadrio, a corrupção, o uso de excelsas mordomias, sem se importar que ao lado quase se morre à fome, isto sim, explica, de certo modo, aquele sentimento.
Hernâni de J. Pereira