De acordo com um estudo, realizado no ano lectivo de 2007/2008, feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) os professores portugueses perdem muito tempo na sala de aula até conseguir o ambiente de aprendizagem ideal.
Segundo o relatório, três em cada cinco escolas dizem que o mau comportamento dos alunos perturba o bom funcionamento da aula. Portugal não é excepção e os docentes confessam que 25% do tempo lectivo é para manter a disciplina.
Ora, face a esta realidade o que vemos? Notamos a tentativa de terminar com a autoridade, dando-se a entender que ao exigir-se respeito, ordem e disciplina, isso prenuncia autoritarismo, não perdendo, os seus detractores, a oportunidade para referir que tal lembra tempos já idos.
Claro que esta postura, mais cedo ou mais tarde, infelizmente, mais cedo que esperamos, trazer-nos-á ainda piores resultados. Que mau exemplo por parte destes profissionais.
Pagaremos com língua de palmo as funestas consequências destes pretensos amiguismos e pseudo-cooperação entre discentes e docentes que os cientistas da educação nos querem impingir.
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 21:50
Esta prosa faz-me lembrar a relação entre pais e filhos, quando os primeiros referem ser os melhores amigos dos seus filhos e vice-versa. Está mais que provado os pedopsiquiatras e pedagogos não se cansam de o repetir - que esse tipo de relação é prejudicial, uma vez que não conseguem ser amigos e muito menos, o que é mais grave, pais.
Carla Martins a 22 de Junho de 2009 às 18:53
Eu diria mais. Sendo um adepto confesso do diálogo, não deixo, todavia, de afirmar que é preferível ser autoritário do que frouxo. Quantas escolas existem, por este país fora, que os alunos depois de serem chamados ao conselho executivo afirmam que foram ao conselho divertido?
JC a 22 de Junho de 2009 às 18:48
Concordando com o teor do artigo, persiste um problema: onde termina a autoridade e começa o autoritarismo. A fronteira é muito ténue. Porém, isso não nos pode levar a descurar a questão e, de modo algum, ter receio de exercer a autoridade com receio de ser apodado de autoritário.
RO a 22 de Junho de 2009 às 18:46