Mas vamos ao conteúdo. Tal como há quatro anos, cá está o homem, novamente, a debitar promessas atrás de promessas: criação de 5000 estágios para jovens na administração pública, 25000 lugares para desempregados e outros 1000 para jovens licenciados em IPSS. É um regabofe!
Depois a debitar números o sujeito é um ás. Não é chefe de um governo, é uma grafonola, ainda por cima com o disco riscado, a expelir estatísticas.
Por outro lado, foi bonito de o ouvir dizer não sou cínico. Digo sempre o que penso. O muito que nos rimos.
Já o desemprego, o défice e o aumento extraordinário da dívida pública não são culpa do governo, mas sim da recessão económica internacional. Claro, já cá faltava! A crise mundial tem as costas largas e, para cúmulo, não se pode defender.
Quanto a chefiar um eventual governo minoritário, nem uma palavra. Não se quer comprometer com possíveis cenários. Os portugueses ficaram esclarecidos e agradecem!
Por último, a alusão ao mal-estar da classe docente. Aqui, desculpem-nos o termo, mas nunca o vimos a patinar tanto. Notou-se à saciedade que o Sr. Engº não estava à vontade. Bem pelo contrário. Apenas se destacou a afirmação que estaria disponível para procurar soluções que vão ao encontro do interesse dos professores. Ora, como estes não se deixam embalar por muito que as palavras sejam agradáveis, foi tempo perdido.
Hernâni de J. Pereira