Contudo, o mais grave é o facto das pessoas que, nesta corrente, vulgarmente designada por «all-in-one», detêm o conhecimento, correrem o risco de terem pouca ou nenhuma relevância nos processos internos e de perderem a capacidade de influenciar as novas iniciativas ou estratégias.
É claro que esta sintomatologia é agravada quando existe uma política de especulação e um excesso de confiança, fruto, muitas vezes, de inexperiência e de arrogância.
Não existem, como é do conhecimento geral, duas instituições iguais, nem tão pouco um sistema que sirva a ambas, ainda que estas sejam similares. E não serve porque cada uma possui a sua cultura, mas também pela forma como os decisores olham para o seu «core business». E é, essencialmente, aqui que, na maior parte das vezes, se registam as falhas, pois para a prossecução do sucesso, a implementação terá de ser obrigatoriamente efectuada por grupos interdisciplinares, os quais, simplesmente, não existem ou não funcionam.
Hernâni de J. Pereira