Calcorreei caminhos mais ou menos periféricos, alguns autênticos verdadeiros «não-caminhos», os quais escapam à classificação de campo ou cidade, lugares onde apenas passei, numa fugaz retirada, para um descanso, nocturno ou diurno, de algumas horas.
Foram lugares propícios à revolta e às explosões emocionais que, por vezes, se advinhavam, sítios onde se acumularam vidas cheias de contusões, de excessos de estados de alma menos dóceis e afáveis. E, como é lógico, a falta de qualidade de vida cresceu na imensidão dos esforços cimentados em (in)certezas absolutas. No fundo, foram espaços mais biodegradantes do que biodegradáveis.
E tudo isto degenerou em limites insuportáveis de convívio, entre a integração e a exclusão, entre o estar junto e o estar só, numa não menos imensa e sentida solidão povoada de uma mão cheia de nada.
E onde cheguei? Encontro-me num emaranhado ordenado e construtivo. A continuação do uso da correcção para estabelecer vínculos, tendo em conta a envolvente interior e exterior, honra-me e obriga-me a respeitar o melhor possível o que me rodeia. Exponho-me, sim. E qual a dúvida?
Hernâni de J. Pereira