Como anualmente faço, mais uma vez debruço-me sobre os resultados obtidos na nossa Escola, comparando-os com os obtidos nas dos concelhos vizinhos, cuja realidade não é muito diferente da nossa. Para tentar não confundir “gato por lebre” – não é que esteja completamente de acordo com a metodologia usada – retirei das respetivas estatísticas as escolas privadas. Assim, a comparação é ela por ela.
Sem mais delongas, eis o quadro apurado, cujos resultados apurei do Público e que aqui podem ser consultados em mais pormenor.
Concelho |
Ano |
Média |
Mealhada |
4º |
3,00 |
Anadia |
4º |
3,43 |
Cantanhede |
4º |
3,18 |
Mealhada |
6º |
2,72 |
Anadia |
6º |
2,71 |
Cantanhede |
6º |
2,98 |
Mealhada |
9º |
2,60 |
Anadia |
9º |
2,48 |
Cantanhede |
9º |
2,68 |
Mealhada |
12º |
9,38 |
Anadia |
12º |
9,79 |
Cantanhede |
12º |
9,88 |
Concretamente, uma vez isso ser também relevante, apresento os resultados sumários das diferentes unidades orgânicas deste Agrupamento. Como é óbvio, a fonte é a mesma.
Posição em 2012 |
Posição em 2013 |
Ano |
Escola |
Média |
371 |
308 |
6º |
EB 2, 3 de Pampilhosa |
2,82 |
646 |
569 |
6º |
EB 2, 3 de Mealhada |
2,62 |
224 |
174 |
9º |
EB 2, 3 de Pampilhosa |
2,83 |
577 |
502 |
9º |
EB 2,3 de Mealhada |
2,51 |
662 |
577 |
9º |
Escola Sec. de Mealhada |
2,46 |
Os valores aqui estão, sem mais comentários, apesar de fazer, como qualquer um de vós, caros leitores, a minha análise. Aliás, de certo modo, a mesma continua a ser bem linear. Só não vê quem, na verdade, não quer ver.
É evidente para todos que os resultados não devem ser lidos “em bruto”. Conforme afirmou David Justino, antigo ME e actual presidente da CNE, “a injustiça não está nos rankings mas nas leituras que se fazem. Muitas vezes precipitadas”. Contudo, adiantou este antigo responsável governativo, “a divulgação dos resultados escolares é positivo, tanto para as escolas como para as famílias, pois tal não vai no sentido de julgar a escola – abro um parênteses para discordar – mas, acima de tudo, para a avaliar e, sobretudo, obrigá-la a fazer mais e melhor”.
Importa sim, observar o que fazem, principalmente, as escolas vizinhas, isto é, em contextos idênticos, quais as mudanças que fizeram e as estratégias que usaram, para obter melhores resultados.
Enterrar a cabeça na areia, como a avestruz, continuar a afirmar que, independentemente dos resultados, nos sentimos orgulhosos da performance de cada um dos agentes educativos, é uma falácia e especialmente querer mudar para que tudo fique na mesma.