O tempo quente já passou e o frio começa a apertar por entre os bonitos dias de Outono, sobretudo neste Verão de S. Martinho. E, sobretudo, à noite como é bom sentir o calor que emana da lenha a crepitar na lareira. Seja qual for a habitação, da mais humilde à mais faustosa, nos dias frios, o fogo da lareira aquece e torna-a mais acolhedora e agradável.
Neste último fim-de-semana, mais uma vez, voltei a acender a lareira. Felizmente sou um homem de muita lenha – no sentido literal do termo, entenda-se, mas não só … - e, por isso, posso dar-me ao luxo de, pelo menos, durante meia-dúzia de meses por ano manter o fogo na lareira praticamente sempre acesso.
Ontem, dia de S. Martinho, a lareira não serviu apenas para aquecer. As castanhas, aí assadas e acompanhadas de uma bela jeropiga, feita o ano passado, foi o mote para juntar alguns amigos numa amena cavaqueira.
Ah, já me esquecia. Tu também lá estavas, com o teu charme de sempre, criando um estimulante jogo de ilusão – seria de óptica ou visual? -, uma ideia inspirada em modelos diferentes e que criaram um efeito surpreendente.
Hoje, de madrugada, quando me levantei – custou-me imenso, mas os deveres profissionais gritaram mais alto -, ainda senti o teu doce perfume no ar, o qual nem o odor a madeira queimada apagou.