Por muito que tentem dizer o contrário, manda a verdade dizer que, apesar de não parecer, o povo sabe muito bem o que quer e, sobretudo, não gosta de mentiras. Aliás, neste ano em que se comemora o 120º aniversário do nascimento de Almada Negreiros, podemos dizer que este, se hoje fosse vivo, não diria “Portugal é um país pequeno com um povo à sua altura”, uma vez, estar certo de que estaria mais moderado nas suas divagações.
Afirma-se comumente que “não há nada oculto que não venha a revelar-se” e o facto é que, mais cedo ou mais tarde, acabamos sempre por saber a verdade. Mais que nunca, na nossa história, a verdade é que precisamos de bons exemplos em Portugal e no mundo.
Hoje-em-dia em que tanto se critica o governo e principalmente o primeiro-ministro – acrescento que também eu, em parte, me encontro desiludido -, e mais ainda neste momento de crise, palavra cuja origem significa purificação, é bom saber o que há tempos o diário espanhol “El País” comentava: Pedro Passos Coelho quando, em 1999, deixou a Assembleia da República foi o primeiro parlamentar a abdicar da pensão vitalícia que, naquela altura, tinha direito, um sinal claro do comportamento de um político a quem, até agora, não se conhece nenhum episódio irregular.
É evidente que gostei, ou melhor, gostei muito, tal como existem actuais actos de gestão governativa que detesto imenso.
Habituado, nos últimos tempos, a consumir notícias de Portugal muito deprimentes, é bom saber que, afinal, ainda há esperança para Portugal. E, porque a sabedoria popular é que sabe, acredito que, daqui a uns tempos., após estas tempestades, há-de vir a bonança.
Chamem-me optimista e indivíduo sem os pés assentes na terra. O que não serei é “velho do Restelo” ou um preconizador de uma política de bota abaixo, i.e., de quanto pior melhor.
Veremos quem tem razão!