Existem livros e frases que nos marcam. Por exemplo, da pena de Ken Segall chega-nos a obra, ainda não traduzida para português, mas que já se sabe algo, Insanely Simple: the obsession that drives Aple’s success, na qual se fica a saber por que razão uma marca e/ou um líder têm conseguido levar pessoas comuns a realizarem coisas extraordinárias. A receita é simples: porque, no final, se constata que é simples.
Por outro lado, Roger Ficher no seu livro Chegar ao Sim relata-nos que, para chegar a tal estado, alguns tentam impor a sua vontade ou recorrem a truques sujos; outros, porém, para evitar conflitos, permitem todo o tipo de concessões. Recordam, no entanto, que embora as negociações sejam diferentes, os elementos essenciais são sempre os mesmos, i.e., comprar um casa ou assinar um acordo de paz no Médio Oriente têm mais em comum do que, à primeira vista, pensamos”.
Sendo certo que, hoje-em-dia, poucos se podem gabar de que a vida lhes sorri, também não é menos verdade que disparar em todos os sentidos, contra tudo e contra todos, é contra-procedente. Parar, reflectir no que se quer para o futuro e só depois agir é fundamental.
Verdade, verdade é que a crise, ou seja aquilo que nos afecta e nos deixa constrangidos, muitas vezes fora de nós, isto para usar uma referência benévola, é algo não palpável, muitas vezes mais teórico que prático. Aliás, a menção a tal desígnio corresponde muito mais a um estado de alma que a um dado adquirido. Vejam-se, por exemplo, os títulos dos jornais do outro dia, os quais, sem excepção, aludiam a uma “corrida desenfreada na Luz aos bilhetes para a final de Amesterdão”. Mais: o Estádio do Dragão, neste fim-de-semana, para o encontro F.C. Porto – Benfica, estava cheio que nem um ovo, sinal que para determinados casos há dinheiro.
Perguntarão os leitores: mas o que tem o início deste texto a ver com o seu final? Responderei que tem e muito: quando se deseja intensamente uma coisa, o modo de a conseguir torna-se simples. Se, porém, o resultado é o melhor para o próprio ou para o país, isso já é outra conversa!