Era assim que se encontrava a rua, numa destas noites de Outono: a fervilhar. Apinhada de gente, de animação, de vida e de luz. A vida nocturna passa, agora, por ali … passa e fica, durando até bem tarde. Por ali deambula um mundo de gente. A rua enche-se de vozes, de risos, das cores da noite, de perfumes, fragâncias (des)conhecidas, e de bebidas. Foram estes os pressupostos para que também nós por lá passeássemos.
A isto acrescentou o desafio inerente a um programa diferente, ou seja, os requisitos para sairmos do habitué e a formatação de novos espaços. Não é que não sejamos nós a fazermos o lugar, bem pelo contrário, mas, como se costuma dizer a propósito do dinheiro não trazer felicidade, que novos ambientes podem ajudar e muito, lá isso é verdade.
Aglutinando distintas vivências, aquela noite, apesar da sua diversificação, foi curta para tanta partilha de sensações. O ambiente nocturno lentamente se alterou, mil cores se apropriaram do espaço, transbordando emoções de êxtase.
Os diferentes estratos sociais, se é que alguma vez se fizeram notar, transmutaram-se naquele espaço de tempo, onde o azul frio da noite deu lugar a cores quentes e (des)frutadas.
Aconteceu vida naquela noite, profunda e intensa, onde se misturaram vozes, risos, gentes, luzes, sombras e … sentimentos. Sim, sentimentos de diferentes sabores e cores!