Momentos existem em que só dá para ter uma de duas reacções. Tenho ideia que nesta etapa da história portuguesa, só se pode safar quem fizer como o rato da fábula que, ao ser atirado para uma tijela de leite, começou a dar às patas, sem parar, incansável, enquanto olhava o outro rato que, nas mesmas circunstâncias, apenas boiava. O primeiro, como seria de esperar, sobreviveu, uma vez que tanto bateu o leite com as suas patas que este acabou por solidificar, transformando-se em manteiga, e, com toda a certeza, apesar de esgotado ficou à superfície. O outro, porém, devido à sua inação acabou por morrer afogado.
Não sei se as iniciativas governamentais terão o impacto desejado nas contas públicas portuguesas e, sobretudo, tenho dúvidas que ajudem a economia. Deus queira que sim! Mas uma coisa eu sei: é importante ser activo, ir dando aos pés e à cabeça para continuar à superfície.