Esteve, esta semana, em Lisboa, para ser doutorado honoris causa pela Universidade de Lisboa, e é o economista da moda. Falo, evidentemente, de Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia em 2008, o qual afirma que “as economias de escala ocorrem quando, para um nível de capacidade óptima, os custos unitários de produção diminuem à medida que a produção aumenta, conduzindo a uma descida do custo médio do produto ou serviço”.
Ora, as economias de escala não constituem per si uma vantagem competitiva, antes o vasto leque de possibilidades que essa escala garante aos gestores/utilizadores.
Um exemplo actual deste tipo de efeito são as redes sociais on-line, como o Facebook (FB), Twitter, Hi5, as quais ganham maior atractividade à medida que o número de utilizadores aumenta. A imagem que é criada de dimensão de uma rede face às suas concorrentes gera um fenómeno de bandwagon, que constitui um prodígio de atracção ou propensão em aderir a algo que se acredita ser o que se irá tornar a tendência dominante.
Ora, também eu aderi ao FB, tendo em atenção a designada economia de escala, não em termos de economia pura e dura, mas em função da optimização de sinergias informativas, culturais e, porque não dizê-lo, também afectivas. Todavia, o que mais encontro são citações e aposições de vídeos e músicas, entre outras banalidades. Ideias próprias que originem o debate, a análise de assuntos de interesse público são raros para não dizer inexistentes.
Não obstante, os meus esforços – diga-se, em abono da verdade, que também não foram muitos – o saldo final é baixo. Por isso, continuo a estranhar imenso a quantidade de horas que algumas pessoas perdem – admito que algumas ganhem – diariamente nestas redes.
Daí o desencanto. Porém, com toda a certeza, deve ser defeito meu.