Está na ordem do dia o ataque dos que não conseguem ganhar pela razão dos seus argumentos e tentam levar a “água ao seu moinho” pela persuasão, seja ela na rua, no café ou mesmo na discussão afectiva.
Bem, para não ficar atrás, também Pedro Passos Coelho foi vítima do sistema, bastando para tal lembrarmo-nos do que aconteceu no outro fim-de-semana em Gouveia. O que, aliás, não é para admirar face ao receio que determinadas pessoas apresentam e o nervoso miudinho que denotam possuir.
Já agora, como lamento ver no meio da turba contestatária – os que colocam em causa o pagamento nas ex-SCUT, os sindicalistas do costume, entre outros profissionais da rebeldia – professores, patrocinados pela Fenprof – poderia ser outra organização? -, a chamar nomes ao primeiro-ministro. Que belo exemplo! Alguma vez, neste tipo de manifestações, se viram médicos, gestores, engenheiros e juízes, aqueles a quem os docentes tanto se querem comparar?
Com toda a franqueza, não sei o que conseguem com tais iniciativas. As sondagens continuam a ser favoráveis ao governo, chegando ao cúmulo de três quartos dos portugueses afirmarem que qualquer outro governo não faria melhor que este.
Por outro lado, mudando de tónica ou de agulha, e porque pessoas existem que denotam um interesse desmedido, direi que segredos, como todo a gente, tenho alguns. Nada de importante, i.e., coisa de somenos interesse, mas que, como é óbvio, não os quero expostos na praça pública. Em cada um de nós existe sempre algo que não deve extravasar as fronteiras da nossa individualidade. Agora, que o momento que atravessamos é propício à coscuvilhice e a uma forma de estar na vida que se costuma designar como pidesca, lá isso é verdade. Tanto mais que os alvos são bem precisos.
Por isso ou por outra coisa, não nos podemos admirar da diferente reacção das pessoas, a qual, nos últimos dias e de uma forma extraordinária, se tem modificado.