Não é novidade para ninguém, mas mais uma vez aqui vai. Um professor, independentemente do grau de ensino que ministra, tem como missão trabalhar com organizações e indivíduos para identificar, apoiar, promover e relacionar iniciativas e conhecimentos, inspirando e potenciando um mundo melhor. Focado numa missão social, deve pretender, a partir do conhecimento local, alcançar um elevado impacto global.
No entanto, se for seu desejo ir mais além, então deve ser ainda um facilitador da emergência de novos empreendedores, sejam eles de cariz social ou outro, de modo a potenciar o seu embate enquanto catalisadores da mudança. O objectivo final será o de sempre aumentar a eficiência das acções, com o intuito que os alunos cresçam e tenham capacidade de fazer mais e melhor.
Numa outra vertente, o docente deve adaptar as mais diversas ferramentas colocadas ao seu dispor para, através de um empreendorismo com um sentido de missão social muito forte, satisfazer as necessidades concretas da comunidade onde está inserido, procurando inovação, sustentabilidade, impacto e, sobretudo, replicabilidade.
Por tudo isto, no fim da sua carreira, o docente deve ser alvo da justa homenagem, seja ela revestida de uma qualquer índole. Pessoalmente prefiro o modelo antigo, se assim lhe posso chamar, o qual, através de uma comissão, se organizava um jantar e onde, no final, o homenageado era presenteado com uma lembrança que perduraria pelos tempos. Acredito, porém, que nem todos se sintam, hoje-em-dia, confortáveis neste modo de proceder, e daí compreender outras tomadas de posição.
Todavia, repito, independentemente da “veste” de tal acto, manda a verdade dizer que não se devem homenagear uns e votar ao ostracismo outros, como é o caso que aqui recordo. Bem, a não ser que existam razões fundamentadas para tal gesto. Contudo, se assim é, o que acho muito improvável, a mais curial lucidez e o bom senso obrigam que aquelas sejam tornadas públicas, evitando-se, deste modo, juízos errados de valor.
Concluindo, gostaria – eu e muitas outras pessoas - que nos explicassem como é que tantos iluminados pertencentes a um órgão (pseudo)importante embarcam nestes (eventuais) erros. A política do yes man é o que dá!