Todos ansiamos pelos nossos quinze minutos de fama. Constata-se que, na maior parte das circunstâncias, o êxito significa determinação, validação e avaliação. Porém, em boa verdade, tal não é possível sem esforço e desinstalação. Com isto não quero, de modo algum, dizer que também não haja casos em que apenas se exige disponibilidade e prazer.
Por outro lado, quantos são os casos em que ouvimos alguém que claramente nos inspira, e apenas requeremos silêncio para não perturbar o momento de deleite? Instante que mexe connosco e que nos leva a concluir que aquela frase, aquele contexto foi ou é uma lição de vida. E como isso, por vezes, perdura!
Manda o senso comum que se procure garantir que os conhecimentos adquiridos – empírica ou teoricamente - não fiquem apenas no interior das pessoas, mas que o ultrapassem em todas as etapas das suas vidas. A mobilidade quotidiana exige que o conhecimento prevaleça para além da pessoa, pese embora continuarem estas a serem as peças-chave dos relacionamentos. Por isso, organizamo-nos, relacionamo-nos e procuramos fixar o saber em plataformas de entendimento, tornando-nos acessíveis aos outros.
Com base neste entendimento, criamos procedimentos, regras, fluxos e tarefas de modo a conseguirmos a melhor gestão possível do desempenho. E não é verdade que tudo fazemos para captar o génio “brilhante” que está nos outros, aqueles que resolvem os dilemas e fazem a diferença? E é mentira que, em simultâneo, nos esmeramos por denotar tácticas, técnicas e esquemas que levem os outros a pensar o melhor de nós?
E se a vida é um jogo, desconhecendo apenas em que número parará a roleta da sorte, então só resta movermo-nos.