Poderão não acreditar, mas é verdade. Estou cansado que venham queixar-se da indisciplina dos alunos, da falta de condições, da inexistência de informações, do desterro a que se encontram votados, das inúmeras substituições que têm de fazer, da estranha(!!!) tirania das viscondessas e barões instalados, entre tantas outras lamentações.
Tal como, em princípio, muitos de nós não podemos apresentar queixas do governo que temos, pois, não foram os espanhóis, mas, sim, os portugueses que, maioritariamente, votaram em José Sócrates – aliás, por muito que se estranhe, ainda há quem novamente lhe queira dar o voto -, também os docentes têm a gestão e os coordenadores que merecem.
Bem podem argumentar que se fosse hoje “outro galo cantaria”. Contudo, a verdade é que por muito que “torçam a orelha, esta não deita sangue”. Agora, como afirmam os conformados – e ainda são alguns -, é aguentar e “fazer das tripas coração”.
Por isso, e também porque nunca fui adepto de “chorar sobre o leite derramado”, hoje quero alcançar o infinito, pois o arco-íris não me basta. É que como diz um meu amigo “hoje-em-dia falar em arco-íris é como falar de um peditório para o qual já ninguém dar”. Infinito é a palavra acertada para descrever a paleta de tons que podem fazer da vida um jogo de sedução e diversão. E sem querer “dar” numa de filósofo, a via não passa por dar umas simples pinceladas, ainda que sejam com conta, peso e medida, mas sim o de espalhar a roupa pelo chão, sobre os móveis, de modo a desnudar a obra de arte e observar que os tons que sobressaem vão diminuindo até chegar a um só.