Saber que até à entrada de um novo diploma obrigatoriamente se tem de cumprir o estipulado no actual, penso que não há quem não saiba.
Também não deixa de ser verdade que em casos de intenso melindre como é o referente à ADD, manda o bom senso que se digam duas coisas: a primeira é que, de modo oficial, o que ainda é lei é para cumprir, não havendo, por isso, qualquer necessidade de a publicitar; a segunda, unicamente dita, como é óbvio, em off the record, é que todos os procedimentos devem ser suspensos.
Por isso, admirados ficamos com a célere afixação de informação que transmite o que todos já sabíamos, isto é, “cumpra-se ...”
Todavia, se pensarmos melhor, em tal acto não existe absolutamente nada para nos admirarmos. O contrário, sim, é que era para estranharmos. Mais «papistas que o Papa», novamente denotam apenas uma certeza: como lamentam o fim da ADD. Por eles e respectivos compagnons de route este execrável modelo continuaria ad aeternum.
Já agora vale a pena pensar nisto: o que em tempos era mau e, por tudo e por nada, se tentava boicotar, presentemente tudo se desculpa e, pior ainda, se aceita.