Pode haver misto de dor e alegria? Penso que sim, uma vez que é isso que sinto.
Hoje é o teu dia, Pai. E não contando, infelizmente, com a tua presença física, junto da tua sepultura, para além do habitual arranjo floral, ajoelhei, rezei e chorei. Chorei fundamentalmente por mim, pois tenho a perfeita consciência de que não fui o filho perfeito que merecias, mas sobretudo por ser o homem que, dia após dia, continua a tropeçar e a cair.
Todavia, se coisa houve que me ensinaste, para além da ambição, da honestidade e do honrar da palavra dada – o que já é bastante -, é que não importa quantas vezes caia. O essencial é que, por cada vez que caia, me levante sempre de cabeça erguida.
Mas voltando ao início, bem sei que é o teu dia, tal como sei que é o meu. E, graças a Deus, logo pela manhã, a tua adorada neta e minha filha fez questão de me lembrar. Bonitas palavras, aquelas que ouvi e que repeti, como tu bem sabes, junto de ti e da mãe.
Amo-te Pai.