Ouvimos e lemos amiúde ser imprescindível colocar ordem - no sentido ético, como é óbvio - no ensino, no desporto, na cultura, na política, entre tantos outros sectores da sociedade. Todavia, se não colocarmos o acento tónico no modo de ser e estar em nossas casas, por muito que proclamemos, inclusive aos quatro ventos, o contrário, não deixamos, com toda a certeza, qualquer marca registada. É, essencialmente, de casa que tudo parte. O fermento, que tudo há-de levedar o futuro, tem obrigatoriamente de morar aí. O resto é acrescento.
Com uma experiência democrática de quase quarenta anos, procurando, por todos os meios, construir uma escola maximamente inclusiva, a verdade é que continuamos a não gozar de boa reputação. Bem pelo contrário. Aliás, não é por acaso que não acredito na escola inclusiva.
A teimosia em práticas há muito dadas como erradas, bem como a permissividade que diariamente damos mostra, chegando ao ponto de alguns criticarem quem se pauta de modo autoritário – sim, não vamos sonegar a palavra, pois, se aplicada no bom sentido, nada tem de despótico – apenas nos desautoriza, não inova e jamais racionaliza e optimiza recursos e espaços.
A mediação e, fundamentalmente, a prestação de um serviço eficiente e de grande profissionalismo, a um custo suportável, é uma necessidade absoluta e também uma questão de bom gosto.
Para isso, em casa, há que apostar caminhos alternativos. A saber:
- Nova filosofia (de vida), pois para além da qualidade o factor tempo é fulcral. Tempo livre para pensar e para relaxar;
- Outros produtos/serviços, uma vez que beneficiar do know-how de experiências e investigações feitas especificamente é o princípio de segurança no futuro;
- Diferentes concepções de modo a que as soluções propostas procurem sempre ir ao encontro das necessidades de todos;
- Tipos de materiais, em que importa mais a natureza intrínseca do que o aspecto exterior, sendo que, contudo, o desejável é que se possa aliar os dois conceitos;
- Layout das regras, não obrigatoriamente únicas, onde a instalação e a resiliência sejam máximas;
- Eficácia na metodologia, de modo a que, desde o primeiro contacto com os problemas até à sua resolução, impere a ética e, fundamentalmente, se desenvolva de forma séria, rápida e profissional;
- Atenção aos detalhes, já que os pormenores são extremamente importantes, principalmente durante os primeiros anos. Prestar um cuidado extremoso e exclusivo em todos momentos é de uma utilidade capital;
- Presságios de eficiência, os quais permitem intuir a execução de trabalho bem executado, sendo considerado, por isso, meio caminho andado para a garantia do sucesso futuro.