Aparentemente, o querer dos amigos mais ocultos é, muitas vezes, adiado, mas todos nós sabemos como é possível fazer aumentar a dádiva sem ter necessidade de recorrer aos subterfúgios, mesmo que (in)directos.
No fervilhar dos dias que passam, entre o correr para o trabalho, para as compras e para dar vazão à vida pessoal/familiar, resta, no final do dia, apenas, o confronto com os nossos mais profundos sentimentos. Em bruto e em solidão engolidos, é certo, mas alterados face às circunstâncias da vida e por um querer muito forte. Sensações que redesenham o espaço interior sem, contudo, o rasgar em amplos vãos e múltiplas arcadas. Já dizia o poeta espanhol António Machado o caminho faz-se caminhando.
Sabemos que se iniciou um projecto de remodelação, cujas obras começaram, não sabendo, porém, como a parte edificada acabará. Tudo o que se sabe é que nada ficará como antes.
Todos guardamos memórias da nossa história, bem como a intenção da junção de interesses comuns. Ora, tais marcas, aliadas à disponibilidade, à aposta na criatividade e na inovação e quando, ainda por cima, vêm proporcionar o preenchimento de espaços vazios, convidam rapidamente à consecução de um ideal.
O que tiver que ser, acontecerá!
Hernâni de J. Pereira