Tenho consciência do valor deste espaço e do quanto é procurado. Devo isso aos meus leitores, os quais, de um modo ou de outro, uns com agrado, outros, é certo, com azedume, me impelem a quase diariamente escrever algo que seja útil, sobretudo a quem lê.
Acreditem que não é tarefa fácil. Escrever, como, aliás, alguns bem sabem, é, na maior parte das vezes, um acto solitário, em que dum lado se encontra alguém cuja circunstâncias íntimas, o designado eu, por vezes com ar prazenteiro, outras desassossegado, o coage a transmitir o que de mais premente sente. E é, nestes momentos, que a necessidade de escrever deixa de ser apenas una para ser bivalente.
São estes esforços mútuos – de quem escreve e de quem lê – que permitem, perdoem-me a imodéstia, a abrangência e a notoriedade.
Por isso, se mais razões não houvessem, esta simbiose era mais que suficiente para vos desejar Feliz Natal e Bom 2011.