Em nove de Abril do corrente ano, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) afirmou que todas as preocupações que os professores levaram à reunião com o ministério foram positivamente respondidas e terão consequência no próximo regulamento sobre avaliação de desempenho, noticiou, então, a Lusa. Todas as preocupações que a Fenprof trouxe a esta negociação foram positivamente respondidas, o que quer dizer que terão consequência no próximo regulamento que vai sair, o que para nós é positivo, afirmou Mário Nogueira, à saída de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação.
Esta introdução surge a propósito da avaliação de desempenho docente (ADD) publicada posteriormente e que, hoje em dia, é considerada, sem sombra para dúvidas, muito mais gravosa que a anterior, isto é, a vigente em 2008. E, para que não me acusem de facciosismo, vejam o que, resumidamente, escreveram Ana Paula Rodrigues e José Rodrigues Ribeiro no blog “A Educação do meu umbigo” (http://educar.wordpress.com/2010/11/08/add-opinioes-ana-paula-correia-e-jose-rodrigues-ribeiro):
- Avaliadores e avaliados são concorrentes na mesma carreira profissional, o que fere inapelavelmente as garantias de imparcialidade.
- A divisão entre professores e professores titulares não acabou. Foi substituída pela divisão entre avaliadores e avaliados.
- Na escolha dos avaliadores não preside o mérito, mas apenas a vontade dos directores e dos coordenadores de departamento.
- Não existe objectividade nos instrumentos e métodos de avaliação a utilizar.
- As garantias de defesa contra classificações injustas são, se possível, ainda menores.
Mais palavras para quê? Não se nota bem como foram devidamente acautelados os interesses dos docentes?