A dor de cotovelo, infelizmente, ainda não paga imposto, pois se a isso fosse obrigada, o nosso défice e endividamento não se situavam nos níveis em que estão. Uma carreira, quer a nível social, profissional ou mesmo familiar, é, acima de tudo, um caminho para a valorização. É evidente que existem sempre margens para errar, tal como nunca acabam os espaços para arriscar. Certo, certo é que se queremos ser produtivos devemos escolher o que mais nos faz feliz. Ainda que mal comparado, podemos dizer que qualquer pessoa que pense em si como uma empresa consegue vender mais se fizer aquilo que gosta e, sobretudo, acreditar no que vende. O bom desempenho reside aí.
A forma humilde e sem rigidez como desempenhamos as nossas funções, sem cair, evidentemente, no “deixa andar”, no “quem vier atrás que feche a porta e, se possível, apague a luz”, denotando de forma simples e correcta modos de ser e de estar urbanos, sem pretensiosismo balofo e incoerente, é outra das formas para o sucesso. A luta por uma existência digna deve acompanhar sempre o Homem, sendo verdade que, o trabalho honesto, é inseparável dessa dignidade.
Não admira, por isso, que uma sociedade que perde, como uma das suas referências essenciais, o trabalho digno – leia-se humilde e eficaz, sem olhar a quem e por quem -, não poderá sobreviver. Aliás, o ideal seria que todos pudéssemos exercer de forma modesta o métier para o qual nos sentimos vocacionados. Infelizmente, a organização da sociedade raramente torna isso possível, uma vez que procura, essencialmente, tirar proveito do reflexo e não da acção.