Sou, por natureza, um optimista. Tenho confiança no futuro de Portugal e dos portugueses. Aliás, sempre tive, mesmo em tempos tão delicados como aqueles que atravessamos actualmente – a famigerada crise, como se houve amiúde. Esta já dura há muito e, infelizmente, pelo "andar da carruagem", está ainda para durar. Todavia, será com a perseverança e a qualidade dos portugueses que dela sairemos.
E não é agora por a Europa estar em crise e o mundo em recessão ou por sentirmos – é verdade - um certo mal-estar que vamos perder a confiança em nós próprios e no destino português.
Existe um desígnio que é preciso cumprir: cada um de nós, à sua medida, revelar-se como um parceiro fundamental da mudança, fazendo do seu caminho o trilho correcto a seguir. Só assim seremos um país mais positivo. Somente deste modo alcançaremos um outro patamar de desenvolvimento.
Há que, de uma vez para sempre, fazer o “hoje” de modo eficiente para que o “amanhã” surja como algo preponderante. Ora, tal só é possível se edificado num resplandecer da mudança, onde todos, sem excepção, têm, a seu trecho, um papel fundamental neste “virar de página” do triste “fado” que, apesar de assentar em longa tradição histórica, nos acompanha e se tem revelado como um elemento cerceador do sucesso.
Expulsemos, assim, a ideia absurda, que paira em muitos portugueses, de que Portugal é um país adiado, diminuído, que não conta no mundo e de futuro incerto. A maioria de nós sabe que não é bem assim. Nem pela nossa geografia, nem pela nossa história, nem pela nossa maneira de ser e muito menos pela qualidade das nossas gentes. As potencialidades que daí redundam são exponencialmente maiores que as dificuldades que atravessamos.
Bem sei que o governo não ajuda. Bem pelo contrário. A sua desastrosa política – centralista, demagógica e, inveteradamente, arrogante – apenas aumenta o já referido mal-estar. No entanto, mercê de esforço individual, desfrutamos hoje de elites jovens em todos os campos de actividades, pelo que não é demais insistir na ideia de que devemos ter confiança em nós mesmos e em Portugal.
O próximo ano e os seguintes serão, com toda a certeza, anos de profunda mudança. Em todos os sentidos.