Nas férias procuramos, fundamentalmente, aquilo que nos restantes dias do ano não conseguimos alcançar. E, o certo é que as casualidades não existem, pois nós é que ajudamos que aconteçam. E, se a coisa corre mal, deitamos-lhes a culpa em cima. Sempre.
E, por muito que, nestes dias, seja alguém que tente ser mediador na escuta, procure associações, suavize choques, recuse a réplica fútil, intercale observações oportunas ou mesmo faça perguntas mobilizadoras, a verdade é que estes dias passam pelas almas e estas permanecem, a maior parte das vezes, inalteráveis.
Obviamente, não admira que se procure a melhor forma de, inteligentemente, lidar com estes assuntos de modo a não incomodar ninguém. Por isso, acrescento que o melhor é amar ficando … já que a história pode, eventualmente, ser a mesma, mas contada com amor parece outra. Até nova, porventura.
O outro dia, em amena cavaqueira, comentava-se que todos, mais que uma vez, já fizemos trabalhos, tarefas imensamente tristes e desoladoras. Todavia, muito interessantes de contar. Por isso, devemos tirar proveito das palavras que proferimos.
Assim, será tempo para nos contentarmos com uma vida de total previsibilidade ou para nos resignarmos a um estilo inquisitório de uma vida cultural e ocupacional?