Já fui mais, mas ainda primo pelo optimismo. Assim, os sonhos ainda continuam a fazer parte do meu dia-a-dia. Ser empresário foi sempre um ideal, o qual, há cerca de vinte anos, não se concretizou porque nessa altura alguém em vez de elevar calcou. E, infelizmente dei ouvidos.
Lembrei-me deste episódio ao ler a biografia de Akio Morita, fundador da Sony. Depois da II Grande Guerra, ele o sócio não tinham trabalho, ambos engenheiros, apenas possuíam um velho armazém onde chovia. Contudo, Morita conta que sempre soube que para ter sucesso teria de se abrir ao mundo. Assim, foi à Alemanha e conseguiu um contrato com a BASF.
Voltou ao Japão muito entusiasmado e disse ao sócio “(…) temos um contrato para produzir fita magnética”. O sócio boquiaberto perguntou: “mas o que é isso?”, ao que o Akio respondeu “vamos ter de a inventar …”. Tinham uma vaga ideia do que iriam fazer, mas nunca tinham feito algo nesse sentido. Porém, tiveram a ousadia de inventar um produto que viria a dar origem a uma enorme empresa que se fez marca, uma grande marca: a Sony.
Também eu gostaria de possuir uma marca, uma nova forma de estar, de criar em vez de apenas servir, um modo de procurar o novo produto, a nova solução, o novo mercado, algo onde pudesse chegar mais longe, enfim que perdurasse no tempo.