Escrevo, sentado no meu escritório, enquanto lá fora a chuva cai, ora miudinha, ora mais forte, mas de forma persistente. Foi assim todo o santo dia. Fiz o mínimo dos mínimos, tal como dar comida aos animais, arrumar a casa e fazer as refeições. Bem, fazer as refeições é uma forma de dizer, uma vez que hoje foi comer o que se tinha na arca já confeccionado e aquecer no microondas. É que para agravar o dia, desde a manhã que não há água da rede pública. A rotura de uma conduta a isso obrigou e, estou convencido, que não será ainda no dia de hoje que a reparação de tal se concluirá.
Todavia, importa muito mais o actual estado do tempo. A chuva que desde há pelo menos duas semanas persevera - e dizem as previsões meteorológicas que irá continuar na próxima semana – dá cabo das minhas articulações, principalmente a do ombro direito, o qual, devido a uma queda que dei há cerca de dois meses, não me deixa descansar nem de dia nem de noite, como já aludi em texto anterior. A grave tendinite já diagnosticada, estou certo, será solucionada (!!!) na mesa das operações. A RM que ontem fiz assim ditará o futuro.
Já agora, explico a referida queda, uma vez que a mesma tem sido sujeita a especulações mais ou menos irónicas, por vezes até maledicentes. O sucedido é simples de explicar: querendo atar um molho de canas de feijão a uma coluna de cimento subi a um escadote e … zás. Um dos degraus, o último – tinha de ser – partiu-se e, como é óbvio, caí. Para agravar, caí em cima de uns canos de rega, mais precisamente na extremidade destes que possuem a boca de encaixe dos aspersores. Sei que desmaiei, não sei por quanto tempo. Sozinho, sem ter a quem naquele momento recorrer, a muito custo consegui levantar-me e vir para casa. Como observei que nada tinha partido, só dois dias depois fui ao médico, uma vez não aguentar as dores. Medicado com Brufen – passe-se a publicidade –, assim fiz os muitos e muitos dias de vindima. O calor ajudou, é claro. Como é lógico, o caso agravou-se e agora …. Deus é grande e n’Ele confio.