Aí foi dito, alto em bom som, que “Cristo é o caminho. Não pára, anda pelas praças, nas margens do lado”. Ora, isso obriga “a Igreja agir no concreto, uma vez que não é um museu de arqueologia”. Nesta ordem de ideias, “o cristão deve ser amor, não amor em abstracto ou platónico, o qual não existe, já que permanece em órbita, mas o amor concreto, aquele que suja as mãos”. Assim sendo, não há menor dúvida que “a Igreja é um lugar para todos, todos, todos”. E reafirma-se, mais uma vez, que “tal como Maria, e como a Capelinha das Aparições, também a Igreja deve ser aberta a todos, todos, todos”.
Por outro lado, ouviu-se, como não podia deixar de ser, um pedido veemente aos jovens para que “não sejam profissionais da digitação compulsiva, mas criadores de novidade”. E “tal como os alpinistas que gostam de subir montanhas costumam dizer que o que importa não é não cair, mas não permanecer caído, pois o que permanece caído reformou-se da vida”. Isso leva a vincar que “o único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para a ajudar a levantar-se”. Por isso, “caríssimos jovens apaguem a TV e abram o Evangelho, deixem o telemóvel e vão ao encontro das pessoas. Os vossos nomes são conhecidos, aparecem nas redes sociais, são processados por algoritmos que associam gostos e preferências. Mas tudo isso não interpela a vossa singularidade, mas a vossa utilidade para pesquisas de mercado”.
“Não vos conformais. É necessário reaprender a importância do caminho. Este exige um ritmo cadenciado, regular, enquanto hoje se vive de emoções rápidas, sensações momentâneas, instintos que duram instantes. Digam não.”
Olhai e vede como se constrói, na minha modesta opinião, um belo texto, apenas citando o extraordinário e extremamente singular Papa Francisco.