Já tardava. Ao aumento das temperaturas o problema surge inevitavelmente. Quem semeia culturas, como milho, feijão, abóboras, entre outras, necessita obrigatoriamente de água. Este recurso só se pode obter de três formas: chuva, cada vez mais rara, furos artesianos, os quais geralmente rondam os 120 metros de profundidade e são caríssimos, ou das valas, cuja extração se faz através de moto-bombas de explosão.
Se até aqui nada de novo, o assunto muda de figura quando um ou mais indivíduos, situados a montante, se arvoram donos de toda a água, extraindo-a na totalidade e, por isso, não permitindo que uma gota sequer passe vinte e quatro sobre vinte e quatro horas. É a lei do mais forte, i.e., do salve-se quem puder.
Claro que as pessoas se incomodam e lá vem o rompimento das presas pela calada da noite, bem como queixas às autoridades. Vamos ver onde pára tal estado. No meu caso particular socorro-me da água da fonte de Nª Srª dos Banhos, a qual, depois de devidamente apresada, vai dando para regar. Atenção que esta captura é feita unicamente na altura da rega, uma vez que ao fim de duas/três horas deixo a água correr livremente.