O meu ponto de vista

Janeiro 30 2023

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Caramba, o Governo e, sobretudo, a Ministra da Agricultura não acertam uma. Depois da nomeação para Secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, a qual aquando da sua nomeação tinha contas arestadas e fundos inexplicáveis, e nem um dia esteve em funções, é agora a vez escolha da subdiretora-geral da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Luísa Sá Gomes, acusada dos crimes de abuso de poder, participação económica em negócio e falsificação de documento. Entretanto, apresentou esta segunda-feira a demissão, por entender "não reunir condições para continuar a desempenhar as funções para as quais foi nomeada".

Mas será que quem nomeia e quem é nomeado não têm a mínima noção de bom senso?

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:35

Janeiro 26 2023

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As Jornadas Mundiais da Juventude estão a dar muito que falar e, infelizmente, pelos piores motivos. Começando pelas contas astronómicas para a preparação dos terrenos, terminando com os custos do palco que receberá Sua Santidade o Papa Francisco, reconhecidíssimo pela sua simplicidade e apego ao desprendimento dos bens materiais, vem acicatar muitas críticas, algumas injustas, mas, verdade seja dita, também imensas íntegras.

Nos tempos extremamente difíceis que atravessamos, os valores “doem” muito, nas palavras de D. Américo Aguiar, responsável português da Igreja Católica. Eu quase me atreveria a dizer que são sinónimo de pecado.

Para agravar tudo, chegamos à conclusão que ninguém se entende. A CM de Lisboa diz uma coisa, o Presidente da República diz algo, para na hora seguinte dizer o seu contrário. A Igreja, por muito que insista na transparência, o que na prática faz é obscuro. Por exemplo, quais os valores que pela sua parte investe? Para onde vão os fundos que obterá com as inscrições de mais de um milhão de peregrinos?

O único a gozar com tudo isto é o Governo, pois este assunto afasta as atenções dos casos e casinhos que diariamente enferma.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:44
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Janeiro 23 2023

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A legislação que regula os maus tratos a animais foi considerada inconstitucional, uma vez que, segundo os juízes do Palácio Raton, é imprecisa, mal definida e impossível de aplicar.

Tanto bastou para que os radicais na defesa dos animais saíssem à rua e invadissem as redes sociais. E ai daqueles que, por estes dias, advoguem opinião contrária. São trucidados, espoliados e condenados à fogueira da “nova inquisição”.

Estando de acordo que os animais não são para castigar, bem pelo contrário, devemos, na medida do possível, protegê-los, também não deixa de ser verdade que em primeiro lugar devem estar as pessoas – saúde, educação e bem-estar socioeconómico – e só depois os animais.

Defender, como vi a muitas pessoas, que os animais têm os mesmos direitos que as pessoas é inverter toda a nossa natureza, bem como a estrutura societária que construímos ao longo de milénios.

Aliás, este radicalismo quer ir mais além. Para além de criar um SNS especialmente dedicado aos animais, antemura que a morte de um animal doméstico dê direito a um período de nojo igual ao falecimento de pais e filhos, i.e., cinco dias de baixa.

 

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:43

Janeiro 19 2023

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De acordo com a comunicação social o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos, vai aumentar em 50 euros por mês e passa a abranger todos os que recebem subsídios abaixo dos 488 euros.

Não digo que não existam pessoas nestas situações que estão a passar por momentos muito aflitivos e, por isso, necessitadas de ajuda. Só é de louvar. Contudo, cada caso é um caso.

É que muitos, senão a esmagadora maioria, recebem este auxílio por não terem direito a qualquer pensão de velhice. E não tem direito uma vez que, apesar de muitos poderem, jamais quiseram efectuar qualquer desconto para a Segurança Social. Actos médicos e outras benesses obtinham-nas através da associação com os maridos que efectivamente descontavam. Chegada a idade da reforma, ao marido era atribuída uma pensão de acordo com os respectivos descontos. À mulher era-lhe e ainda atribuído o aludido complemento solidário.

Para além deste auxílio se apresentar como uma enorme injustiça face àqueles que sempre descontaram, são regularmente contemplados que sucessivas benesses. São cerca de 170 000 os beneficiários, o que não é nada despiciendo em termos de apoio ao governo e, sobretudo, quando chegar a hora de votar.

Eu, por exemplo, recebi este mês o mesmo que em Dezembro p.p. e a inflação também me afecta. Até me apetece dizer: para quê estudar e principalmente ter feito descontos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:07

Janeiro 17 2023

De acordo com as contas publicadas no Portal Base, 65.666,65 euros é o valor gasto entre câmaras e organismos no último mês para papel higiénico e derivados. Contudo, este valor é um indicador que peca por defeito, já que existem aquisições, efectuadas por organismos públicos, não registadas naquele sistema, uma vez que apenas importâncias acima de certo montante aí são obrigatoriamente publicadas.

Assim, fazendo as contas, anualmente são gastos quase 800 000 euros em papel higiénico. Ora, tendo em conta que o número de portugueses em idade activa, i.e., habituais frequentadores das repartições públicas, descontando, por isso, as crianças/adolescentes e os idosos/”internados” em lares, ronda os cinco milhões, das duas uma: ou se borram muito quando vão a estas – um rolo ou mais por cada utente -o que não é curial, ou existe outro factor.

E por falar em outro factor, deixem-me contar uma estória verídica. Em tempos, quando estava em funções de dirigente máximo de um serviço público, fui alertado pela responsável dos serviços de higiene que, nas casas de banho destinadas apenas aos funcionários da “casa”, havia imensos dias em que os rolos de papel higiénico não duravam mais que meia hora. Todavia, o pior é que os cestos reservados para os restos praticamente estavam vazios e nem os respectivos canudos se encontravam. Solução com resultados positivos: instalar este artigo de higiene em mangas circulares fechados à chave.

 

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:08

Janeiro 14 2023

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As reivindicações dos professores, com recurso à greve, duram há mais de um mês, mas só agora os portugueses parecem ter acordado para tal realidade. Capitaneados (!!!) pelo STOP, uma organização designada de marginal, levou, face à enormíssima adesão dos docentes, a que nos últimos dias outros sindicatos acordassem do marasmo – há quem lhe chame até colaboração - de anos e anos, como são exemplos a Fenprof e a FNE. Como é óbvio todas estas movimentações mexeram com o PS. E recusando-se a habituarem-se, lá vai disto …

Assim, não admira que nos últimos dias o ME e hoje o primeiro-ministro começassem a colocar em marcha a já habitual campanha de contrainformação. Não há telejornal, jornal, rádio e rede sociai que repita à exaustão a opinião do governo. Começam por referir o prejuízo para os alunos e respectivas famílias, sugerem a investigação pela IGE, recorrem a parecer da PGR, especialistas de direito emitem opiniões contra a greve, falam no estabelecimento de serviços mínimos, entre tantos outros desmandos.

Para além disso, afirmam que a colocação dos docentes jamais esteve equacionada no âmbito da designada descentralização municipal. Todavia, todos sabemos que quando vemos as barbas do vizinho a arder devemos colocar as nossas de molho. É que a municipalização do ensino, neste momento, já abarca o pessoal não docente e a responsabilização pela parte edificada. Já agora, lembro que a demora na substituição de uma simples lâmpada, da incumbência da autarquia, pode ter consequências graves na docência. Por outro lado, também é verdade que ouvimos, imensas vezes, senão todos pelo menos a maioria, dizer que não fazia qualquer sentido uma câmara ter responsabilidade sobre o ensino no município se não tivesse uma palavra sobre os professores que aí exercem o seu múnus.

Mais: tal como receberam de mãos abertas a gestão do pessoal não docente – os votos, sempre os votos – anseiam ferverosamente a administração dos professores. Nunca o disseram claramente, mas que é verdade é.

Por último, recordam-se da última vez que foi falada a questão da requisição/estabelecimento dos serviços mínimos aos professores? Foi, em 2014, no governo de Passos Coelho aquando da marcação de uma greve aos exames. E lembram-se o que disse, então, o PS e os demais partidos da esquerda? Vá lá façam um esforço e pesquisem!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:03

Janeiro 07 2023

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Apesar dos todos os atropelos, dissonâncias, raiando a extrema incúria e, como consequência, a factual ausência de governação, Costa garante que o governo está coeso. Esperávamos outra afirmação?

Pelo seu lado, a Ministra da Agricultura nega ter tido conhecimento prévio de processos judiciais relativos à sua ex-Secretária de Estado, entretanto demissionária. Esperavam outras palavras?

Entretanto, o inapto João Gomes Cravinho, ex-Ministro da Defesa e “actual” MNE, sobre as demissões, declarou: "o importante é a continuidade das políticas". Está dito tudo …

O presidente do PSD, receoso e cada vez mais adiando igualmente o futuro do país, não querendo afrontar, com força e veemência, o pantanal instalado, afirmou, este sábado, que estamos alinhados com o pensamento do Presidente da República.

Nesta ordem de ideias não admira que Marcelo diga: "não contem com a dissolução do Parlamento”

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:44

Janeiro 06 2023

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Os ministros convidam sem conhecer o que quer que seja e o primeiro-ministro muito menos. Não sabem, não perguntam e têm raiva a quem faz o trabalho que deveriam ser eles a fazer. O governo deste país entrou em descalabro e a única coisa que sabe efectivamente fazer é organizar com eficácia o caos. Realço este país uma vez ser um intervalo em que infelizmente somos governados por gente sem vergonha e, sobretudo, numa óptica de quero, posso e mando.

A maioria socialista não transforma este país numa Coreia do Norte europeia porque o Presidente da República e a integração na União Europeia assim a impede. Não governa, não dá explicações e não admite que se lhe coloquem quaisquer questões, tal é o enormíssimo rei que tem na barriga.

O português comum, onde me incluo, continua, dia após dia, a dar o seu melhor - levantando-se cedo e tarde se deitando – e, incrédulo, olha para a sucessão de imbróglios que todos os momentos o bombardeiam e diz para os seus botões: cambada de ladrões que apenas servem para ser servidos, mentindo quotidianamente sobre o juramento que fizeram aquando da tomada de posse.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:20

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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