A questão do gás em Portugal é, de uma ponta à outra, uma autêntica falácia. A Nigéria, o nosso principal fornecedor, avisou que iria diminuir as entregas deste combustível. Argumentou com o facto das cheias que assolam o país. Todos sabemos que o motivo principal não é esse, mas sim o de querer aumentar os preços, os quais, presentemente, estão tabelados por acordos firmados há anos. Existem outros motivos, mas que por agora não vêm ao caso.
A GALP tem razão no comunicado que emitiu. Há um risco sério de termos menos gás proveniente do norte de África. Igualmente tem razão o governo quando afirma que não haverá falta de gás em Portugal. Contudo, este esquece-se de dizer que, para fazer face à diminuição do gás proveniente da Nigéria, aquela petrolífera, com vista a abastecer completamente as necessidades nacionais, terá que o adquirir noutros locais, só que pagando o dobro, senão o triplo.
Como é lógico e em último lugar, quem pagará a factura será o cidadão comum, tanto a nível da cozinha, do aquecimento, da electricidade, etc.