O meu ponto de vista

Junho 30 2022

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Sim, eu sei que pensavam para convosco: se ele, hoje, escrever algo, tal versará sobre a trapalhada relativa ao novo aeroporto de Lisboa, ou seja, a polémica entre o enfant terrible do PS/governo, Pedro Nuno Santos, e o primeiro-ministro, António Costa.

Todavia, se assim cogitavam, estavam enganados. Estou cansado de confusões, seguidas de salsadas deste (des)governo e, por isso, decidi não dar mais para este peditório.

O que importa, neste dia, é facto de me ter levantado às 06h00 com vista a colocar sulfato nas vinhas. A forte ventaneira que durante o dia e sobretudo ao cair da tarde tem impedido a colocação desta cura. Assim, a única hipótese é “usar” as primeiras horas do dia com luz, altura em que praticamente o vento é inexistente. Apenas como complemento, acrescento que quando concluí a tarefa, em jejum, diga-se em abono da verdade, cerca das 09h00, o sulfato, principalmente o enxofre incorporado, bem começou a incomodar-me devido à ventosidade que, então, se levantava.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:20

Junho 24 2022

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É do conhecimento geral que o país está em seca severa. A maioria das barragens atingiu praticamente a cota mínima, já se falando em racionamento de água, sobretudo onde se registam os grandes consumos. Os solos agrícolas estão em pó e cada vez é mais difícil conseguir água para a rega.

Contudo, como ainda ontem presenciei, nos meios urbanos, à menor gota de chuva aqui d’el rei que nos vamos molhar. Que chatice! E não deixam de acrescentar mais deplorações: a continuar com este tempo lá se vai o fim-de-semana, isto para não falar do impedimento de ir à praia.

Ora, como para a esmagadora dos habitantes citadinos, as batatas, as hortaliças, as frutas, as carnes, etc., nascem no Continente, Pingo Doce ou em outras grandes superfícies comerciais, o que querem é sol num céu azul, i.e., tempo quente.

Ah, são todos muito amigos do meio ambiente. Desde que aquelas empresas lhes proporcionem os ditos produtos tanto basta, independentemente de onde vêm e da respectiva pegada ecológica provocada pelo transporte de grandes distâncias.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:42

Junho 22 2022

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Com a publicação do Decreto-Lei n.º 151/2017, de 7 de Dezembro, verte-se na legislação portuguesa a diretiva europeia 2016/1106/UE sobre a carta de condução. De entre outras, alteram-se algumas regras sobre a condução de veículos agrícolas.

Assim, passa a ser obrigatório frequentar uma formação, nos seguintes casos:

- Condutores com carta de condução da categoria B (automóveis ligeiros) que queiram conduzir veículos agrícolas de categoria II, os quais englobam tractores agrícolas ou florestais (simples ou com equipamentos montados), desde que o peso do conjunto não exceda 3.500 Kg, bem como tractores agrícolas ou florestais com reboque ou máquina rebocada, desde que o peso do conjunto não exceda 6.000 Kg.

- Condutores com carta de condução da categoria C ou D que queiram conduzir veículos agrícolas das categorias II ou III, sendo estes últimos referentes a tractores agrícolas ou florestais com ou sem reboque e a máquinas agrícolas ou florestais pesadas, ou seja, que pesem mais de 3.500 Kg.

Ora, possuindo carta de condução da categoria B e tractor até 3.500 Kg estou obrigado, até Agosto próximo, a fazer formação, a qual se pode frequentar gratuitamente - valha-nos a ajuda da Santa UE - numa cooperativa ou pagando 200 € a uma entidade particular/privada.

Assim, não estando disposto a pagar aquela despudorada exorbitância para pouco ou nada aprender, efectuei a respectiva inscrição em duas cooperativas. Porém, à minha frente encontram-se centenas de agricultores numa delas e mais de um milhar noutra.

De uma coisa não poderei ser acusado: não ter tentado.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:07

Junho 17 2022

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Anteontem foi o motor de rega a dar-me “água pela barba”. Depois de passar o dia à volta deste – se não era do chupador era da anilha, se não era do motor era da bomba, se não era do c@ era das calças -, o certo é que só ao final do dia consegui regar algo.

Hoje foi o atomizador. Depois de colocar produto nos kiwis, não quis mais pegar, com vista a colocar sulfato e insecticida nas batatas. Bem puxei e voltei a puxei, drenei combustível e coloquei novo. O certo é que … nada. Que vontade de o colocar no caminho e passar-lhe com o tractor por cima.

Foska-se. Não acredito em bruxas, mas que as há, há!

Ah, vou deixar de me queixar nos Banhos. É que aos outros tudo corre às mil maravilhas. As máquinas, sejam elas quais forem, funcionam sempre, bem como as vinhas, as batatas e outras culturas não sofrem de quaisquer maleitas. Mesmo que utilize os mesmos produtos, nos mesmos dias e em igualdade de circunstâncias, o oídio, o míldio e outras doenças só entram nas minhas culturas.

 

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:59

Junho 16 2022

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(Imagem retirada do Google)

 

Na nossa vida ou na sociedade não há lugar para o vazio. Tudo o que vaga é preenchido. Na ausência de algo, geralmente o oposto ocupa o respectivo espaço. As raríssimas excepções confirmam a regra.

Verificando-se a inexistência de amor, o ódio e/ou a indiferença falam por si. A guerra, por exemplo, impõe-se quando a paz se afasta. Por sua vez, a falta de fortaleza dá lugar ao medo e vice-versa. O não trabalhar origina o seu oposto, o ócio, o viver à custa dos outros. A carência de vergonha é suportada pela sua antítese e provoca, geralmente, uma fuga para a frente com todas as nefastas consequências.

Não é por acaso que numa relação, independentemente do seu género, a falha de um ente, interior ou não, é normalmente colmatada por alguém de outro porte, usualmente externo. Pode ser melhor ou pior. Não importa, desde que ateste o desocupado. Aliás, é nestas situações que se cometem os maiores erros. O horror ao vácuo origina, com alguma premência, a indagação de um invasor. E a culpa não pode, de modo algum, ser assacada a este(s) ou aquele(s) interveniente(s), uma vez partir intrinsecamente do mais profundo do ser humano.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:39

Junho 15 2022

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Não é meu costume enveredar por estes comentários. Todavia, como diz o nosso povo, nem nunca nem sempre. A excepção confirma a regra.

Então não é que a deusa Cristina Ferreira, anda por praias de paisagens idílicas, provando comida requintada e alojando-se em hotel de luxo cujo preço por noite ronda os três mil euros, não olhando a custos para as suas férias em Palma de Maiorca.

Porém, nem tudo é o que parece e a também apresentadora apresentou um “relatório de contas” em que garante que não pagou nada para estar no local.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:35

Junho 14 2022

Não se tem falado de outra coisa que não sejam os problemas a nível do SNS e, sobretudo, do encerramento de urgências de obstetrícia e ginecologia. Um pouco por todo o país, não faltam exemplos de falta de apoio, em caso de emergência, para as grávidas. Até parece que o problema é apenas de agora, mas, segundo os responsáveis médicos, há muito que tal situação estava perfeitamente identificada e, sem sombra para dúvidas, do conhecimento da tutela.

Como vem sido habitual nos últimos tempos, só quando troveja é que o governo se lembra de Santa Bárbara. Agora promete resolver – não diz como – o problema. Nada de novo!

Todavia, um total cinismo e a máxima hipocrisia vêm da parte do PCP e do BE. Estes afirmam que tal estado se deve às políticas governamentais implementadas pelo governo PS nos últimos anos. Mas será que se esqueceram da geringonça? Será que não têm memória da forma como serviram de muleta a tal política? Quem aprovou, durante os últimos seis, repito, seis anos, orçamento atrás de orçamento, os quais mais não eram que manobras de cativações, bem mais graves que a austeridade dos tempos da troyka?

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:54
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Junho 13 2022

Os combustíveis continuam, semana após semana, a aumentar. E o governo, comando por esse expert em estratégia política, de sua graça António Costa, bem como expoente máximo de trazer a comunicação social pela trela, não abre a boca. Pudera! Em cada aumento, mais os cofres do Estado amealham.

A inflação dispara? O que importa? Com os preços mais elevados mais impostos são arrecadados, uma vez que o IVA incide sobre o preço final.

A saúde pública rebenta pelas costuras, mercê de fortes e danosos cortes no investimento público. Não importa. Isso é coisa de somenos importância.

Uma coisa é anunciar milhões e mais milhões, outra bem diferente é aquilo que verdadeiramente é investido. As cativações exercidas, durante oito anos, com o beneplácito da pseudo-esquerda, aí estão para o provar. E o que diz o governo? Nada! Fecha-se em copas, pois quanto menos falar melhor.

E, depois, a maioria absoluta dá-lhes esses ares de falsos pergaminhos.

Por fim, o PR, Marcelo Rebelo de Sousa, dispara – pólvora seca, entenda-se – em todas as direcções, o que quer dizer que concretamente nada diz e muito menos adianta.

publicado por Hernani de J. Pereira às 16:46

Junho 08 2022

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Paula Rego morreu hoje, em Londres, onde viva há muitos anos. Figura ímpar na pintura, de acordo com os mais entendidos, deixou um legado extraordinário de tal modo que originou um dia de luto nacional. Infelizmente, Deus, a sociedade ou a escola não me deram as ferramentas para poder apreciar, em toda a sua exuberância, a arte produzida por tal. Bem pelo contrário, acho as obras, sem excepção, feias, sem nexo, isto para não dizer monstruosas. Mas o defeito, é com toda a certeza, meu. Lamento.

Igualmente, hoje, também faleceu Pinto Monteiro, ex-Procurador–Geral da República dos maus e infelizes tempos de José Sócrates. Este, juntamente com Noronha do Nascimento, ex-presidente do Supremo tribunal de Justiça, tudo fizeram, por muito que o negassem, para proteger aquele ex-primeiro-ministro, figura principal da Operação Marquês. Inclusive chegaram a cortar à tesoura páginas de processos onde constavam crimes de Sócrates.

Contudo, como é costume nestas ocasiões, termino formulando votos de paz eterna.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:39

Junho 07 2022

A hotelaria e restauração tem sido nos últimos tempos um dos sectores cujo crescimento mais se tem notado. Devido nossas às belas praias, óptima gastronomia, custos baixos, sem esquecer o clima de segurança interna, estarmos em período pós-pandemia e, sobretudo, por nos situarmos bem longe do cenário de guerra, o turismo tem crescido exponencialmente.

Este boom tem, todavia, um senão, ou seja, origina falta de mão-de-obra. Ora, sabendo que apesar dos enormes lucros esperados, o certo é que é dos sectores que mais mal paga aos seus trabalhadores. Isto para não falar de horários completamente desregulados, cuja saída, na maioria das vezes, vai bem para lá da meia-noite e trabalho aos fins-de-semana.

Assim, em vez de aumentar os salários para atrair mais recursos humanos, pedem ao governo que abra uma via verde à imigração. Estou convencido que António Costa não lhes fará a vontade. Para vergonha já nos chega uma Odemira.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:53

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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