Os números dizem que estamos muito bem termos de pandemia provocada pelo Covid-19. Aliás há quem diga que passámos, em dois meses, do pior país da Europa para o melhor. Tudo bem. Admito que, por um lado, nos assustámos, por outro, fruto da intensificação da testagem e, sobretudo, do aumento da vacinação estamos, sem sombra para dúvidas, muito melhores.
Todavia, como não há bela sem senão, e como somos especialistas em passar do oito para o oitenta, tenho muito receio que começamos a ter comportamentos totalmente inadequados. Vejam-se os exemplos das festas ilegais, algumas com largas dezenas de pessoas, sem qualquer protecção e/ou distanciamento, bem com a frequência dos centros comerciais. Ainda hoje é notícia de que as lojas estão a facturar bem acima dos valores da pré-pandemia.
Se existiam necessidades que urgia colmatar? Claro que sim. Mas, vamos com calma. Por imensa sede que possamos ter, não vamos ao pote, todos e ao mesmo tempo, e esvaziamo-lo.