O meu ponto de vista

Janeiro 28 2021

Para além do número de mortos e infectados diariamente pela Covid-19 ter atingido valores astronómicos, chega-nos a toda a hora a falta de vergonha, a inexistência de pudor e o salve-se quem puder por parte dos socialistas no que concerne à vacinação contra aquele virús.

Só hoje tivemos conhecimento da vacinação de dirigentes e administrativos do INEM, bem como a direcção e dirigentes de topo e outros quadros da segurança social de Setúbal. Todos muito, mas mesmo muito, longe da linha da frente no combate da pandemia. As desculpas são as mais esfarrapadas e deixam nas ruas da amargura a ética republicana de que o governo tanto apregoa.

Vergonha! Máxima vergonha!

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:50

Janeiro 25 2021

O dia de ontem, por via da eleição presidencial, contemplou-nos com várias surpresas. A primeira refere-se à abstenção, a qual rondou os 60% quando dias antes especialistas haviam em que apontavam para 75% ou mais. A segunda foi a votação extraordinariamente alta de André Ventura (AV). Já a terceira tem a ver com a diminuta votação dos candidatos do PCP e do BE, respectivamente João Ferreira e Marisa Matias. Então estes, face a tão reduzidos resultados e por serem inferiores a 5%, não terão direito a qualquer subvenção pública.

Não me surpreendendo a votação obtida por Marcelo Rebelo de Sousa, já não posso dizer o mesmo do líder do Chega! Explicações existem muitas. Uma das mais verosomíveis assenta no facto de, até ao surgimento da geringonça, os partidos de protesto eram o PCP e, sobretudo, o BE. Com o apoio destes ao governo do PS, a modos que se normalizaram, começaram, de certo modo, a fazer parte do sistema. Contudo, abriu-se um vazio, agora devidamente aproveitado por AV. Outra teoria assenta na luta deste contra as regalias usufruídas pela etnia cigana e/ou outras. O certo é que há muitos portugueses que se revêm nesta luta. A justificar este pensar atente-se nos resultados obtidos por aquele na maioria dos concelhos alentejanos, chegando aos 30 % naqueles onde há uma forte implantação da referida comunidade.

Por isso, é que há quem defenda a urgente “normalização efectivamente” do Chega! Só assim começa a fazer parte do sistema, perdendo deste modo o ímpeto de protesto.

Preocupado? Sim, quando ouvi alunos com 18, 19 ou 20 anos a dizer que iriam votar AV, pois “é o único que diz as verdades”.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:13

Janeiro 25 2021

O dia de ontem, por via da eleição presidencial, contemplou-nos com várias surpresas. A primeira refere-se à abstenção, a qual rondou os 60% quando dias antes especialistas haviam em que apontavam para 75% ou mais. A segunda foi a votação extraordinariamente alta de André Ventura (AV). Já a terceira tem a ver com a diminuta votação dos candidatos do PCP e do BE, respectivamente João Ferreira e Marisa Matias. Então estes, face a tão reduzidos resultados e por serem inferiores a 5%, não terão direito a qualquer subvenção pública.

Não me surpreendendo a votação obtida por Marcelo Rebelo de Sousa, já não posso dizer o mesmo do líder do Chega! Explicações existem muitas. Uma das mais verosomíveis assenta no facto de, até ao surgimento da geringonça, os partidos de protesto eram o PCP e, sobretudo, o BE. Com o apoio destes ao governo do PS, a modos que se normalizaram, começaram, de certo modo, a fazer parte do sistema. Contudo, abriu-se um vazio, agora devidamente aproveitado por AV. Outra teoria assenta na luta deste contra as regalias usufruídas pela etnia cigana e/ou outras. O certo é que há muitos portugueses que se revêm nesta luta. A justificar este pensar atente-se nos resultados obtidos por aquele na maioria dos concelhos alentejanos, chegando aos 30 % naqueles onde há uma forte implantação da referida comunidade.

Por isso, é que há quem defenda a urgente “normalização efectivamente” do Chega! Só assim começa a fazer parte do sistema, perdendo deste modo o ímpeto de protesto.

Preocupado? Sim, quando ouço alunos com 18, 19 ou 20 anos a dizer que iriam votar AV, pois “é o único que diz as verdades”.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:10

Janeiro 24 2021

A pensar nos exames do ensino secundário, a realizar no fim do ano lectivo, bem como na finalização do ensino profissional (EP), o ocorrer na mesma altura, Israel, um dos países, senão o país mais adiantado na vacinação anti-Covid, começou a vacinar esta faixa de estudantes.

A pergunta que se impõe? O que se está a fazer em Portugal nesta ou em outras matérias semelhantes? Nada. Encerram-se as escolas e no que diz respeito ao EP, deixa-se todo numa espécie de limbo, aliás muito facilitador para o governo, como tem sido a sua prática nos últimos meses. Não decide, empurra o problema para a frente com a barriga. Se correr bem colhe os louros, se correr mal, como tem sido hábito, dirá que a culpa é dos portugueses, porque, por um lado, não cumpriram as démarches (mesmo que mal e porcamente amanhadas), ou, por outro, porque não tiveram espírito de iniciativa com vista a fazerem de modo diferente.

No caso concreto do EP, todos sabemos que no final de ciclo, os prazos são extremamente apertados. Há o términus da lecionação dos módulos, há a formação em contexto de trabalho, vulgo estágio, ambos com cumprimento exacto de horas, há a apresentação da prova de aptidão profissional (PAP), sem esquecer que estes alunos também têm direito a participar nos exames nacionais do 12º ano. Concluir tudo isto antes de 31 de Julho é obra.

Ora, em face do actual e do transacto encerramento de escolas, tais prazos encurtam de tal modo que tornam impossível ou quase o cumprimento dos tempos previamente definidos. Contudo, a culpa não pode nem deve ser assacada aos respectivos docentes.

Colocar os professores deste ramo de ensino e as escolas a que pertencem a resolver esta questão é inverter toda a lógica. Quem, sobretudo, por inação e inabilidade política favoreceu este clima que o resolva. Para situações extraordinárias, soluções fora da norma. Aliás, penso que a esmagadora maioria das escolas, com EP, deste país, bem como muito países europeus devem estar a braços com este problema. Há, por isso que, em conjunto, resolver a questão.

Estarem os professores de uma ou outra escola, mais papistas que o Papa, e sem que alguém, a nível superior, lhes pergunte o que quer que seja, a predisporem-se a dar aulas por E@D nestes dias de interrupção e assim continuarem no Carnaval e Páscoa, é aceitarem tudo e mais alguma coisa.

Finalizando, replico uma frase muito conhecida: “quem luta pode perder uma ou outra ‘batalha’. Porém, quem cruza os braços e tudo aceite, perde sempre a ‘guerra’ ”.

publicado por Hernani de J. Pereira às 15:08

Janeiro 21 2021

Prefiro mil dias de ensino presencial do que um só de ensino à distância (E@D), principalmente no que concerne à avaliação. Já o disse e repito: se a aprendizagem por esta via é altamente deficitária, então a avaliação é tudo menos avaliação.

Todavia, neste momento, não vejo alternativa. O número extraordinário de contágios, bem como o excessivo número de mortes que se registam diariamente, sem esquecer que os serviços de saúde já não conseguem responder minimamente às necessidades, leva-me a mim e à esmagadora maioria dos portugueses a dizerem basta. Por favor, encerrem as escolas. Nem mais um dia.

Mas se digo para fecharem, de imediato, as escolas, também avanço de que devem estar o mínimo de tempo encerradas. Que não aconteça como o ano passado em que apenas reabriram para os alunos sujeitos a exame. Não sei se serão necessários trinta, sessenta ou mais dias para que se achate a curva epidérmica. O que sei, é que não será necessário o encerramento até ao final do ano, pois se assim for é o descalabro completo em termos de ensino para uma geração e, sobretudo, para o futuro do país.

Não nos podemos esquecer que os alunos até aos 12 anos em casa obrigam a pelo menos um dos progenitores a também ficar em casa, cujo salário terá de ser pago sem que produza o que quer que seja.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:37

Janeiro 19 2021

Não há direito. Isto, volto a dizer, não é confinamento. É uma farsa. O governo e, sobretudo, António Costa diz, mas não diz o que pensa, escreve mas com letra ilegível, legisla mas deixa tantos “buracos” que é como não houvesse lei nenhuma.

No fundo, o primeiro-ministro é um sabidão. Deixa as coisas correr. Se correrem bem, colhe os louros. Se a coisa der para o torto, a culpa é dos portugueses. Ora, se há coisa que caracteriza os portugueses é a fuga. Veja-se o caso paradigmático dos impostos. Só não fogem aqueles que não podem e a meia-dúzia para os quais a ética e a moral estão acima de tudo. Com este pseudo confinamento é a mesmíssima coisa.

Só com medidas duras, rígidas e seriamente levadas à prática, por via de um policiamento eficaz, o número de infectados por Covid diminuirá. Só que isso António Costa não quer fazer. Verão no próximo domingo em como a festa da democracia, como lhe chamam, se irá transformar no agravamento da nossa desgraça.

E Marcelo Rebelo de Sousa por precisar dos votos dos socialistas alinha e dança o tango. São necessários dois para ...

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:21

Janeiro 15 2021

Este é um mero exercício, não virtual e muito menos irreal, que, pelo que hoje se viu, é replicado por milhares e milhares de portugueses diariamente.

  • 07h30 – 09h00 – levar o filho ou neto à escola;
  • 09h00 – 10h00 – passar pelo supermercado, independentemente de necessitar ou não de produtos essenciais;
  • 10h00 – 10h30 – passar pela padaria;
  • 10h30 – 11h00 – ir à papelaria comprar o jornal, tabaco e/ou outro produto inerente;
  • 11h00 – 11h30 – abastecer combustível, onde aproveita para dar dois dedos de conversa e tomar café;
  • 11h30 – 12h30 – passeio higiénico;
  • 12h30 – 14h00 – almoço;
  • 14h00 – 15h00 – passear o cão, o gato ou o periquito;
  • 15h00 – 16h00 – passeio higiénico;
  • 16h00 – 16h30 – tempo de descanso (colocar os telefonemas e consulta das redes sociais);
  • 16h30 – 17h30 – buscar o filho ou neto à escola.

No dia seguinte os referidos “trabalhos” (ou outros semelhantes) repetem-se, sendo que ordem dos factores é arbitrária, com excepção do primeiro e do último item

A ver vamos como terminará esta farsa a que chamam confinamento.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:03

Janeiro 12 2021

Bem sei que jamais chegarei aos calcanhares de Marcelo Rebelo de Sousa, distinto Presidente da República. Todavia, eu e a esmagadora maioria dos cidadãos, mais ou menos anónimos, deste país também temos a nossa importância. Todos, ou quase todos, contribuímos para o que Portugal é hoje. Para o mal e/ou para o bem.

Agora, também sei que todos sofremos com a actual pandemia. Uns mais – os infectados -, outros menos, mas todos padecemos. Porém, é certo que se alguém for confirmado como positivo, não anda a fazer teste atrás de teste, no espaço de 24 horas, até que a negatividade se confirme. Aguenta, o melhor que sabe e pode, em quarentena, e no final dos 14 dias terá que demonstrar dois testes negativos seguidos para retomar a sua vida quotidiana.

Está visto que, por muito que digam o contrário, continuam a existir portugueses de primeira e de segunda.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:15

Janeiro 11 2021

O debate está na ordem do dia. Que haverá novo confinamento a partir da próxima quinta-feira, algo semelhante ao que vigorou a partir de 13 de Março de 2020, ninguém tem dúvida. Aliás, a estranheza é vir com uma semana de atraso, face ao excessivo número diário de contágios que se verifica actualmente. Mas, em Portugal já estamos acostumados, já que mesmo os casos muito urgentes são resolvidos ao ralenti.

Continuando, o debate está na ordem do dia, não devido ao novo confinamento, já que este é unanimamente aceite, mas sim se este se deve ou não estender às escolas, tal como aconteceu com o referido anteriormente. Segundo os especialistas, o Ensino è Distância (E@D) deve ser implementado para o secundário e ensino superior, uma vez que os alunos destes níveis de ensino já são autónomos, não necessitando, por um lado, da companhia dos pais em casa, por outro, dominam completamente as tecnologias.

Vamos ser sinceros, por muito que custe a alguns docentes, i.e., aqueles que eventualmente terão de vir diariamente para as escolas em comparação com os que deixam de vir: Encerrar completamente os estabelecimentos de ensino, obriga a que a maioria dos pais/encarregados de educação tenham que ficar em casa, agravando um enorme abrandamento da economia e a um esforço muito acrescido por parte do Estado nos respectivos subsídios.

Pessoalmente, como docente do secundário, encontro-me dividido entre o sim e o não. Compreendo que é necessário estancar radicalmente o contágio do Covid-19, pelo que ficar obrigatoriamente em casa é, sem dúvida, a melhor opção. Todavia, o E@D deixou-me muitos amargos de boca, tanto a nível da aprendizagem, como a nível, e sobretudo, da avaliação. Então, esta raiou laivos de imensa ironia e/ou loucura. E acreditem que estou a ser muito benévolo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:02

Janeiro 06 2021

10 027 é o número de hoje. E olhem que não é um número qualquer, pois representa o maior número de infectados por Covid-19 num só dia. Se estávamos à espera? É claro que sim, já que as celebrações do Natal e Fim-de-ano, bem como os festejos associados, muitos deles gozados à grande e à francesa (e outras nacionalidades), não deixavam outra alternativa.

Não somos especialistas a surfar novas ondas - altas e até gigantes – desde que a lei assim o permita? Fazer compota e entregá-la no vão de escada, vermo-nos através da grossa sebe do jardim, como adiantou um responsável pela saúde, isso não. Recomendações leva-as o vento. Isto sem deixar de pensar que algumas eram completamente ridículas  e rondavam a idiotice.

Bom, bom, apesar de todos o desmentirem, é juntarmo-nos à volta mesa, não importando o número e se vivem diariamente em conjunto, com boa comida e muita bebida, sem esquecer a troca de prendas com abraços e beijinhos à mistura. Já agora, tem alguma piada dar/receber um presente e não retribuir com um abraço/beijo? Não tínhamos feito o teste rápido uns dias antes? E este não foi negativo? Aliás, toda a gente sabe que se se fizer um teste e este for negativo, pelo menos durante quinze dias, pode-se fazer tudo e mais alguma coisa.

Em minha defesa, adianto que passei aquelas duas importantes datas completamente só. Isto por saber que só assim, e se Deus quiser, haverá mais Natais e Fins-de-ano.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:59

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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