Vamos avançando nos estudos, a pesquisa não tem fim e a ciência alarga-se para além dos limites. Para uns é óptimo, uma vez que novas perspectivas se abrem, para outros, porém, é algo que apenas vem confundir o que é simples, ou melhor pretende-se que seja descomplicado: o amor.
Agora, com o (des)norte dos ecologistas, discute-se o amor circular, no seu conceito lato. E como tal deve ser encarado como uma ferramenta preciosa, uma vez mostrar-nos um modelo de desenvolvimento emocional, i.e., que nos permite preservar os recursos naturais, optimizar a produção e minimizar os riscos sistémicos eliminando, deste modo, as ineficiências. É um modelo apelidado por muitos de idealista, mas, defendem os seus progenitores, se falássemos aos nossos antepassados do conceito de telemóvel, também esse seria idealista.
Aduzem aqueles que o crescimento afectivo, baseado no modelo linear de emoções, assenta na dependência de recursos finitos, já que não somos ilimitados, e todos sabemos que, para as comunidades – familiar, grupal, profissional, entre tantas outras –, a palavra dependência gera pânico. Numa amizade circular, as pessoas garantem a sua autonomia através do controlo de cada passo/caminho ao longo das suas vidas. Obviamente que isto representa uma mudança radical na forma como nos relacionamos e nunca será fácil de imediato. No entanto, adiantam, se começarmos a aplicar conceitos de circularidade na escolha dos relacionamentos, no desenho dos nossos objectivos e no reaproveitamento dos nossos carismas, a transição para este novo modelo acontecerá de forma orgânica.
Quanto a mim, que não vou facilmente em cantigas, o elemento-chave, impossível de dissociar deste modelo ou de qualquer outro, é aquele que me tem orientado desde que me conheço: Amar a Deus acima de todas as coisas e Amar o próximo como a mim mesmo. Ponto final!