O meu ponto de vista

Julho 24 2020

Até enfim! Estou de férias. Hoje, com a apresentação das Provas de Aptidão Profissional do 12º ano (Curso de Mecatrónica), concluiu-se este ano lectivo. Foi um ano completamente atípico, o qual nos custou mais trabalho, sobretudo por ser alicerçado num desdobramento de múltiplos agentes: docente, técnico de informático, camaraman, telespectador e usurário de ferramentas digitais que há poucos meses nem sonhava que existiam.

Tudo isto acarretou um a créscimo de preocupações, com o consequente stress, muitas vezes a raiar o bornout. Se acrescentarmos o confinamento, acompanhado de um temor constante de contágio pelo novo coronavírus, então é fácil imaginar o quanto foi difícil o período desde Março até ao quotidiano.

Se o ensino me tem adicionado um cansaço imenso – bem a idade também não perdoa -, a agricultura, pelo menos nestes últimos tempos de vaga de calor, deixaram-me quase em estado de coma. Sim, eu sei que quem corre por gosto não cansa, mas …

Por isso é mais justo o gozo destes dias. O recarregar de baterias, através de muita praia, passeios por aqui e/ou por ali, o saborear da nossa rica gastronomia, dando especial enfoque ao maravilhoso peixe em que o nosso mar, repito, nosso mar é tão pródigo, é obrigatório.

Entretanto, de vez em quando darei notícias.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:34

Julho 19 2020

Com toda a franqueza dir-vos-ei que não tenho tido muita vontade para escrevinhar o que quer que seja neste ou noutros locais. Não por falta de temas ou por me doer a pena, mas simplesmente por outras ocupações me atraírem com maior acutilância. Conforme dizia a minha falecida mãe, semear não custa, a trabalheira é tratar e depois colher. E, em verdade, esta vaga de calor não me tem dado descanso. A água escasseia e a terra anseia diariamente por ela.

Todavia, os últimos dias têm-se revelado tão pródigos em notícias, as quais para o interesse comum são de somenos importância, mas que neste país são notícia de primeira página em tudo o que é órgão de comunicação social. E não resisti. Eis, então, a minha prosa para incómodo de todos vós.

A maioria das empresas detentoras de jornais, rádios e televisões receberam recentemente, a propósito da pandemia que nos assola, chorudos benefícios na ordem dos milhões de euros com vista a fazerem face à natural quebra de vendas e, sobretudo, à baixa de publicidade. Até aqui, com uma ou outra ressalva, direi que estava tudo bem. Porém, tudo se altera quando as empresas, como é caso da TVI, com recurso àquelas mercês, pagas com os nossos impostos, como é óbvio, se arvora no direito de recontratar Cristina Ferreira, a nova dona (e diva) disto tudo, por milhões de euros anuais. É uma vergonha!

Por outro lado, Luís Filipe Vieira, presidente do SL e Benfica, acusado e reacusado por imensos crimes fiscais e branqueamento de capitais, tal como a SAD deste clube, resolve em tempos de crise – recordo que o futebol continua a jogar-se sem assistência nos respectivos estádios e consequente inexistência das respectivas receitas -, recontratar Jorge de Jesus por três milhões de euros/ano líquidos (!!!), a que acresce toda a sua equipa técnica, perfazendo no mínimo sete milhões e meio de euros brutos/ano. Alguém tem dúvida que se trata de mais uma vergonha?

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:32

Julho 15 2020

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CAMPEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÃO

 

publicado por Hernani de J. Pereira às 23:20

Julho 09 2020

Apesar de todos quereremos acreditar que não é verdade, o certo é que a lei não é igual para todos. Em tempos não muito longínquos Ovar foi sujeito, a propósito do novo coronavírus, a cerca sanitária. Recentemente, Reguengos de Monsaraz e, sobretudo, Lisboa, apresentando uma situação de pandemia mais gravosa, jamais esteve em cima da mesa a aplicação de igual grau. Dois pesos e duas medidas, sem margem para dúvidas.

Para agravar a situação de pandemia vivida na zona metropolitana de Lisboa, a qual pelos motivos óbvios o resto do país não é imune, a Câmara de Lisboa acaba hoje por rejeitar testes obrigatórios para passageiros que cheguem a Portugal. Sim, todos sabemos que a capital portuguesa vive em grande parte do turismo e, nessa conformidade, está com a corda na garganta. Porém, por mais apoquentados que estejam, nada justifica que, por egoísmo puro e duro, por mero interesse próprio, coloquem em risco todo o país, coisa que não lembra “ao careca”.

Que tenham colocado todos os dados e cartas em cima da mesa do turismo, há muito que se sabia ser errado e foram sobejamente avisados. Não quiseram saber e foram cegos, surdos e mudos a tudo e a todos. Agora aguentem por si e não façam sofrer ainda mais os outros.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:32

Julho 06 2020

Muito se tem falado da TAP, bem como da Efacec. Ambas as empresas com privatização em marcha, cujo custo, sem a menor dúvida, para além de não ser de somenos importância, recai sobre os ombros dos portugueses. Aliás, este é um filme já visto e revisto centenas de vezes no pós 25 de Abril. Nacionaliza-se incutindo na opinião pública que é a melhor solução ou, por outro lado, os “peões de brega” dizem-nos que é a única solução para salvar as ditas empresas intervencionadas. Mais tarde, porque sabemos muito bem como é o the end, acaba tudo como sempre acabou: enormes investimentos, acompanhado de sucessivos prejuízos, os quais, mais ano, menos ano, acabamos por pagar com língua de palmo. Os exemplos não faltam e se estes erros podem ser apontados principalmente à esquerda, a direita não está isenta de culpas.

Todavia, o que me irrita sinceramente é a invocação do interesse dos portugueses. Por exemplo, não acredito que queiramos ter uma companhia aérea de bandeira independentemente do custo. Quantos países, mais importantes que nós na cena internacional, que não possuem uma empresa aérea nacional? Por mim, podem limpar as mãos à parede. A mim interessa-me muito mais que não vão com a mão ao meu bolso do que preocupar-me com o facto de, residentes e/ou emigrantes, viajarmos predominantemente através de uma companhia nacional.

Finalmente, estou perfeitamente convencido que a maioria dos portugueses pensa como eu.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:42

Julho 03 2020

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O "Óscar", o qual nada tem a haver com texto abaixo

 

Nem sempre é assim, mas por vezes sinto uma corrente, não sei se eléctrica ou de outra espécie, que se liga sozinha, mesmo que esteja a repousar. Em suma, o meu corpo continua a trabalhar sem necessidade e, como corolário, quando me levanto a energia não é a desejável. Todavia, o pior é o cérebro. Então, este não tem sossego. Trabalha e trabalha, parecendo, em certos dias, que trabalha mais enquanto “descanso”.

Ainda bem que outras pessoas existem que neste e noutros âmbitos são extraordinárias. Nada lhes acontece e tudo se resume a uma vida fácil. Aparentemente as portas abrem-se à sua frente e a mesa está sempre disponível. Em princípio, não existem dias difíceis, a força de vontade não é necessária e é suficiente o deixar passar as horas do dia. Aliás, nada as preocupa e o relaxamento é rei.

Não fazem maratonas de 20 quilómetros. Também, para quê? Porém, andam 100 metros e já se sentem felizes e realizadas. É raro dar por elas, mas jamais dão ar de solidão. O ar despreocupado que ostentam - afirmam que isto não as define - é mais uma causa que um proveito, apesar de este não ser tão diminuto quanto isso. Vá-se lá saber do porquê! Estão sempre a pensar que merecem uma segunda, terceira, quarta e … oportunidade, cada uma mais importante que a anterior, mas nada fazem por isso.

A luta diária nada ou pouco lhes diz. A palavra superação não faz parte do seu dicionário. A felicidade é já ali e não existem esquinas que não se possam dobrar, nem que seja por “baixo da mesa”. A força de vontade é algo que apenas se proclama da boca para fora, tal como um mero desabafo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:29

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
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